Cotidiano

Se liga no tempo: a água da chuva não pode virar criadouro da Dengue

A Baixada Santista vê números recentes com recuo, mas a vigilância não pode parar; o perigo da dengue é persistente e exige a ação de todos

Giovanna Camiotto

Publicado em 27/10/2025 às 07:42

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A semana tem previsão de chuvas fortes, e a vigilância não pode parar / Pexels

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A chegada do calor e das chuvas sazonais traz consigo uma preocupação que se repete a cada ciclo: a dengue. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, representa um desafio contínuo para a saúde pública, especialmente em regiões costeiras como a Baixada Santista, onde as condições climáticas favorecem a proliferação do vetor.

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Embora o panorama recente mostre um alívio nos números, o cenário de vigilância se mantém. Dados comparativos do primeiro semestre de 2025, divulgados pelas prefeituras, indicaram uma queda de 53,7% nos casos e de 65,9% nas mortes por dengue na região em relação ao mesmo período de 2024, quando a Baixada Santista registrou um aumento significativo.

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Em 2024, a região viveu um pico, com um aumento de 585% nos casos em relação a 2023, totalizando mais de 31 mil infecções. Já neste ano, o total de casos no primeiro semestre ficou em torno de 11.411, com 15 óbitos, conforme os dados provisórios.

Cidades como Praia Grande, Guarujá e Cubatão viram reduções expressivas, atribuídas à intensificação das ações de combate e na conscientização contra o mosquito.

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No entanto, o sinal de alerta permanece aceso. No início de 2025, a Baixada já havia ultrapassado a marca de mil casos e confirmou óbitos em diferentes municípios, reforçando a natureza cíclica e perigosa da doença. As autoridades de saúde enfatizam que, apesar da redução recente, a batalha é constante e depende crucialmente da colaboração da população.

Um simples copo d'água pode ser um criadouro para o Aedes aegypti/Pexels
Um simples copo d'água pode ser um criadouro para o Aedes aegypti/Pexels
Ações simples como virar garrafas e limpar calhas salvam vidas/Pexels
Ações simples como virar garrafas e limpar calhas salvam vidas/Pexels
Os números de óbitos por dengue recuaram em comparação com o ano anterior/Pexels
Os números de óbitos por dengue recuaram em comparação com o ano anterior/Pexels
O Aedes aegypti se adapta ao ambiente urbano/Pexels
O Aedes aegypti se adapta ao ambiente urbano/Pexels
Eliminar os focos é a única vacina que temos contra essa doença/Pexels
Eliminar os focos é a única vacina que temos contra essa doença/Pexels

Onde mora o perigo?

O Aedes aegypti é um vizinho indesejado que se adapta facilmente ao ambiente urbano. Ele deposita seus ovos em recipientes com água parada, limpa ou suja, como pratos de vasos de plantas, pneus abandonados, garrafas e até mesmo em pequenas tampinhas.

A mobilização se concentra na eliminação desses criadouros, com visitas domiciliares, uso de drones em áreas de difícil acesso e mutirões. A vacinação também se tornou um reforço importante em algumas cidades, como Praia Grande, focada em crianças e adolescentes.

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A mensagem das secretarias de saúde é unânime: a cada chuva, a cada descuido, a chance de o mosquito se multiplicar aumenta. O momento, embora de queda nos registros, é crucial para reforçar a prevenção. O mosquito está à espreita, e a luta contra a dengue é uma responsabilidade compartilhada que não permite trégua.

Aprenda abaixo como se prevenir.

 

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