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Cotidiano

São Paulo não confirma suspeitas de febre amarela na Baixada

Um boletim será divulgado hoje pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde após a veiculação ontem de que a região teria 17 casos suspeitos

Bárbara Farias

Publicado em 09/02/2018 às 08:35

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O surto da febre amarela pode ter alcançado cidades da Baixada Santista / Rodrigo Montaldi/DL

O surto da febre amarela pode ter alcançado cidades da Baixada Santista. Um boletim será divulgado hoje pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde após a veiculação ontem de que a região teria 17 casos suspeitos da doença e três mortes sendo investigadas, entre elas um morador de Itanhaém. Mas, o órgão não confirma os dados.

A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Regiane Cardoso de Paula, afirmou que esses dados não procedem. Porém, ontem pela manhã, ocorreu uma reunião no Departamento Regional de Saúde (DRS-IV), em Santos, da qual participaram representantes da Vigilância Epidemiológica do Estado e das secretarias municipais de saúde da Baixada Santista. Os casos suspeitos e os óbitos teriam sido discutidos nesse encontro.

“Nós trabalhamos com dados epidemiológicos e critérios. Eu trabalho com dados confirmados e amanhã (hoje) a imprensa (da Secretaria da Saúde) divulgará um boletim informando se há casos confirmados ou não (na Baixada)”, declarou Regiane por telefone ao Diário do Litoral.

A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica disse também que, no momento, investiga 179 casos suspeitos notificados no estado de São Paulo, mas não quis confirmar se há notificações da Baixada.      

Paciente de Itanhaém

Procurada sobre o paciente com suspeita de ter contraído febre amarela que morreu, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Itanhaém informou que “a Secretaria Municipal de Saúde aguarda notificação oficial do Estado para confirmar o motivo que ­ocasionou a morte do morador. O paciente possui 34 anos e é residente do bairro Rio Branco, área ­rural de ­Itanhaém. O rapaz deu entrada no dia 26 de ­janeiro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele recebeu atendimento adequado e foi ­transferido no dia 28 de janeiro para o hospital ­referência (Hospital Emílio Ribas, em Guarujá). O paciente ficou internado no período de quatro dias”.

Carnaval

Embora as suspeitas não tenham sido confirmadas pela Vigilância Epidemiológica, ontem, vale lembrar que a notícia veio à tona às vésperas do feriado prolongado de Carnaval, quando as cidades da Baixada Santista estão prestes a receber um volume expressivo de turistas e veranistas oriundos de regiões metropolitanas do interior paulista e de outro estados. A Ecovias estima que entre 300 mil a 500 mil veículos desçam a serra em direção ao litoral no período da Folia de Momo.  
 
SP é o estado com o maior número de casos

Segundo o boletim atualizado do Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira (7), São Paulo ainda aparece como o estado com o maior número de casos de febre amarela. Ao todo, são 161 casos confirmados, sendo que 41 destes pacientes morreram. Esses dados estão incluídos entre os 353 casos confirmados da doença no país, com 98 mortes, apontados no boletim.

De acordo com o Ministério, os dados representam um aumento de 66% no país em relação ao balanço divulgado na última semana, quando havia 213 casos já confirmados. Há ainda 423 casos suspeitos em investigação.

Os registros abrangem o período de julho de 2017 a 6 de fevereiro deste ano.

O país, no entanto, já registrava um surto da doença desde os últimos meses de 2016 - para comparação, em fevereiro do ano passado, balanço apontava 509 casos confirmados, incluindo 159 mortes.

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