Santos tem quase um carro guinchado por dia por estacionar em linha de testes do VLT

Atualmente, Santos tem quase um veículo guinchado por dia útil e por um motivo que poderia ser facilmente evitado: estacionar na linha de testes da segunda fase do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

O dado foi revelado por Gilberto Lírio Mota de Sales, responsável pelo pátio da CET-Santos, em entrevista ao Diário do Litoral.

Ele conta que muitos condutores não se atentam aos horários dos testes e deixam seus veículos estacionados no trecho.

“Acredito que hoje haja uma média de 20 a 30 veículos por mês”, informou.

Piora na alta temporada

Ainda segundo Gilberto, durante o final de ano, com a chegada de turistas ao litoral, há um aumento no número de veículos encaminhados ao pátio.

“Na temporada, temos uma demanda que cresce de 20 a 30%. Durante a Operação Verão, os policiais militares também nos auxiliam na fiscalização de trânsito”, comenta.

Segundo Gilberto, a rotina da CET segue o mesmo padrão ao longo do ano, com uma única exceção:

“A rotina da CET é a mesma, com exceção do último dia do ano, quando a CET faz a divulgação com antecedência de que aquele determinado espaço será destinado à queima de fogos.”

Como se retira um carro do pátio?

Para tirar um carro do pátio de veículos de Santos, deve-se arcar com as despesas do guincho, diárias pelo tempo que o veículo permaneceu no pátio, multas pendentes e licenciamento em atraso.

Os valores dos guinchos nas vias variam de R$ 326,95 para motos e R$ 461,59 para carros. Já a diária para motos fica entre R$ 32,71 e, para veículos, R$ 67,32. Vale destacar que esses valores e tópicos variam de acordo com os casos e tipos de veículos.

Entretanto, o proprietário do veículo em questão pode ser a única pessoa a conseguir retirar o carro do pátio, a não ser que ele esteja impossibilitado de estar no local. Neste cenário, é necessário que ele faça uma procuração juridicamente válida para que outra pessoa consiga retirar o veículo.

Ao chegar no pátio, o condutor deverá estar com:

• Carteira Nacional de Habilitação (CNH) atualizada, impressa ou digital;
• Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) atualizado, impresso ou digital;
• Procuração com reconhecimento de firma por autenticidade, ou procuração simples acompanhada do documento oficial original do proprietário do veículo, quando o proprietário for representado por terceiro;
• Em caso de pessoas jurídicas, levar uma cópia do contrato social e alterações.

O veículo removido só conseguirá retornar ao seu proprietário mediante o pagamento das multas, taxas e despesas, como remoção, estadia no pátio e outros encargos previstos na legislação específica (artigo 271, §1º, do CTB).