Movimento acontece na Estação da Cidadania / Francisco Aloise/DL
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A União Nacional dos Estudantes (UNE) convocou para esta sexta-feira (1) brasileiros (as) a defenderem um Brasil soberano em um manifesto público. Em Santos, ele irá acontecer às 18 horas, em frente à Estação Cidadania de Santos, à Avenida Ana Costa, 340.
O movimento contará com apoio do Centro dos Estudantes de Santos e Região (CES), que acredita que a data simboliza a resistência do povo brasileiro contra a subordinação externa, na defesa de um projeto de desenvolvimento e soberania nacional.
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O movimento estudantil promete ser uma aula pública sobre sobre os ataques ao País relativos às tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump — uma das principais figuras da extrema-direita no mundo.
Vale lembrar que Trump assinou, nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva que oficializa a tarifa a produtos importados do Brasil.
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O tarifaço estava marcado para começar na sexta, no entanto, a ordem executiva define para o dia 6 de agosto o início da vigência para mercadorias inseridas para consumo, ou retiradas do depósito para consumo.
Apesar da ordem executiva, Trump deixou quase 700 itens de fora do tarifaço, como produtos aeronáuticos civis (o que interessa à Embraer), suco e derivados de laranja (suco e polpa), minério de ferro, aço e combustíveis, por exemplo.
Para os estudantes, o movimento promete se tornar um marco das novas ondas de mobilizações populares em defesa do Brasil e do povo brasileiro, diante das ameaças externas que colocam em xeque a democracia no nosso país, tentando nos rebaixar e nos colocar em um papel de submissão.
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“Um dos pilares fundamentais para a soberania nacional é a capacidade de um país decidir sobre seu modelo de desenvolvimento sem interferências externas. As tarifas impostas pelo governo Trump, especialmente durante sua gestão, foram parte de uma política agressiva que visa proteger o imperialismo norte-americano às custas de nações em desenvolvimento como o Brasil”, informa nota da Direção do CES.
Para os estudantes, as tarifas irão prejudicar principalmente o povo trabalhador, gerando desemprego e impactando diretamente o setor produtivo nacional. “Não podemos aceitar a tentativa de desindustrialização do nosso país, nem abrir mão da nossa autonomia”, completa nota.
Os estudantes da Baixada acreditam que os ataques de Trump ao Brasil não se limitam à economia. Também pretende influenciar diretamente em assuntos internos do País, como interferir em processos judiciais, proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro das consequências de seus supostos crimes contra a democracia, pressionar pelo fim do PIX, tomar posse de minerais estratégicos e rebaixar o Brasil à condição de colônia ou protetorado dos EUA.
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“Essa postura imperialista, que também se volta contra países como México, Canadá, Ucrânia, China, Europa e outros países, é extremamente perigosa e não pode ser tolerada”, finaliza nota.