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Cotidiano

Santos recebe doação de 200 mil máscaras cirúrgicas

Ainda pela manhã, as máscaras foram entregues no Almoxarifado da SMS, local de onde partem as remessas de insumo destinadas às unidades

Da Reportagem

Publicado em 15/07/2020 às 17:10

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A doação para Santos foi viabilizada em um prazo de cerca de uma semana / Divulgação/PMS

Santos recebeu, nesta terça-feira (14), 200 mil máscaras cirúrgicas que serão utilizadas pelos profissionais que atuam nas unidades geridas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O material, com eficiência de filtragem bacteriológica superior a 98%, foi doado pelo UnitedHealth Group Brasil, controlador da operadora de planos de saúde Amil e do grupo médico-hospitalar Américas Serviços Médicos.

Ainda pela manhã, as máscaras foram entregues no Almoxarifado da SMS, local de onde partem as remessas de insumo destinadas às unidades. No período da tarde, o secretário de Saúde, Fábio Ferraz, recebeu os executivos do grupo no Hospital Vitória, prédio cedido gratuitamente pelo UnitedHealth Group Brasil à Prefeitura de Santos para servir como hospital de campanha durante a pandemia de covid-19 (saiba mais abaixo).

"Todas essas máscaras serão bem utilizadas pelo time da saúde de Santos, que continuarão a cuidar dos pacientes com todo carinho, atenção e capacidade técnica neste período de enfrentamento à covid-19", afirma Fábio Ferraz.

O objetivo do UnitedHealth Group Brasil ao realizar a doação de máscaras é colaborar com os esforços no combate à pandemia de covid-19, em especial nos municípios em que mantém unidades hospitalares. Em Santos, além do Vitória, o grupo controla ainda o Hospital Ana Costa.

A doação para Santos foi viabilizada em um prazo de cerca de uma semana, graças ao relacionamento que o grupo já mantém com a Cidade, mas também à agilidade dos vários setores que contribuíram para que a ação se concretizasse: SMS, Procuradoria Geral do Município e secretarias de Finanças e Gestão.

"Como grupo de saúde, compartilhamos o cuidado com os profissionais da linha de frente que, neste período, foram exigidos ao máximo e estão sempre dispostos a ajudar o próximo, pois têm um lado vocacional muito forte. O EPI (equipamento de proteção individual), mesmo sendo uma obrigação legal, é um cuidado com quem cuida, o que faz diferença no atendimento ao paciente", declara Renato Casarotti, vice-presidente de Relações Institucionais do UnitedHealth Group Brasil.

O executivo veio pessoalmente a Santos oficializar a entrega da doação. Ele estava acompanhado por Jair Cremonin Jr, diretor do Hospital Ana Costa e André Felipe Antoniete Fernandes, coordenador médico do Ana Costa Saúde.

Até o fim de julho, devem ser doadas 1,17 milhão de máscaras faciais (no valor total de R$ 2,5 milhões) pelo UnitedHealth Group Brasil para Prefeituras e instituições dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

48 mil por semana

Atualmente, a máscara cirúrgica é o equipamento de proteção individual mais utilizado na rede de saúde municipal. Afinal, não se restringe mais aos profissionais durante a realização de procedimentos. Todos que atendem o público, mesmo os que têm funções mais voltadas à parte administrativa como os recepcionistas, usam máscaras cirúrgicas, o que promove um elevado índice de proteção ao novo coronavírus.

Cerca de 48 mil máscaras são distribuídas por semana nas unidades de saúde administradas diretamente pela SMS, de forma que a doação recebida será suficiente para o período de 1 mês. Vale lembrar ainda que, de forma geral, houve aumento no preço dos equipamentos de proteção individual desde o início da pandemia de covid-19. As máscaras cirúrgicas, que eram vendidas por cerca de R$0,15 a unidade, atualmente estão em torno de R$0,75 cada.

Hospital de Campanha

Renato Casarotti lembra que o modelo de cessão de unidades de saúde para servir como hospital de campanha no combate à covid-19 nasceu em Santos. O Hospital Vitória foi cedido gratuitamente ao Município por meio de um termo de comodato até 31 de dezembro.

"No fim de março, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa entrou em contato conosco, lembrando que o hospital estava fechado. E cedemos gratuitamente o espaço para a Prefeitura, que teve a responsabilidade de fazer as adequações e equipá-lo. Essa iniciativa deu super certo. Tanto que já foi replicada para Sumaré (SP) e Curitiba (PR) e estamos estudando fazer em outros municípios também. Os sistemas público e privado de saúde parecem muito separados, mas a pandemia trouxe a lição de buscarmos soluções criativas de colaboração mútua", afirma o executivo.

Ao abrir um hospital de campanha em um prédio já existente, a Prefeitura otimizou custos e ganhou tempo. Se houvesse optado por adaptar um local como um ginásio de esportes, por exemplo, o custo teria sido de dez a 30 vezes superior. Desde 22 de maio, o hospital Vitória atende pacientes acometidos pela covid-19.

Estrutura

O Hospital Vitória tem 131 leitos, sendo 17 de UTI. As unidades de terapia intensiva estão localizadas no 3º pavimento do prédio; os de clínica médica, do 4º ao 8º andar. O primeiro pavimento tem cinco leitos para estabilização dos pacientes recém-chegados à unidade e o segundo andar é reservado para atividades administrativas.

A gestão do Hospital Vitória é compartilhada entre a Prefeitura e a organização social (OS) Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, por meio de aditamento do contrato para gerenciamento do Complexo Hospitalar dos Estivadores. O custo mensal da unidade, R$ 4,8 milhões, será pago com recursos oriundos do Governo do Estado de São Paulo, da ordem de R$ 19 milhões.

"Esse hospital de campanha está sendo extremamente importante no acolhimento dos pacientes, em especial os que necessitam de UTI", destaca Fábio Ferraz.

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