Cotidiano

Santos pode ganhar Marco Raul Soares

A proposta é de se estabelecer um espaço capaz de informar o processo histórico, vivido pela cidade, após a chegada do navio prisão Raul Soares, no Porto

Da Reportagem

Publicado em 24/10/2017 às 10:45

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Comitê Popular de Santos por Memória, Verdade e Justiça solicita um espaço capaz de informar o processo histórico vivido pela Cidade / Divulgação

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Começa a ser articulada hoje, às 18 horas, numa audiência pública na Câmara de Santos, pelo Comitê Popular de Santos por Memória, Verdade e Justiça, além de inúmeras entidades da sociedade civil organizada, a proposta de se estabelecer um espaço capaz de informar o processo histórico, vivido pela Cidade, após a chegada do Navio Prisão Raul Soares.

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Segundo os organizadores – Maurício Moura (Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista); César Pereira (Sindicato dos Mineiros de São Paulo) e José Luiz Baeta – o lugar que será proposto para o ‘sítio de consciência’ ficará ao lado das barcas que fazem a ligação entre Vicente de Carvalho (Guarujá) e Santos (lugar onde embarcavam os prisioneiros e seus familiares.

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“O sítio de consciência será um espaço de memória para promover a cultura dos direitos humanos e a reparação coletiva. O Comitê tem como missão lutar pela paz e contra a volta da ditadura, sob o slogan: nunca mais se esqueça, nunca mais aconteça”, informa Moura, ressaltando que é preciso deixar registrado com documentos, filmes, textos e outras ferramentas tudo o que ocorreu durante a após a Ditadura Militar. “Nossa juventude precisa ter um lugar de pesquisa e saber o que foram aqueles tempos sombrios”, finaliza.

Navio

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Em 1968, a Ditadura Civil-Militar instaurada no Brasil decretou o Ato Institucional número 5 (AI-5), que instituiu o estado de Estado de Exceção, reconheceu a censura, enterrou a democracia e, por consequência, levou centenas de estudantes, profissionais liberais e intelectuais aos porões da tortura, à clandestinidade dentro do próprio país ou ao exílio.

Porém, o que muitos esquecem é que essa triste e dolorosa realidade é apenas parte da história brasileira, que durou duas décadas e que começou quatro anos antes, em 1964, com o golpe contra o governo do presidente João Goulart, cujos principais alvos foram os trabalhadores e os sindicalistas que, no Porto de Santos, ficaram encarcerados no navio-prisão Raul Soares.

 

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