Cotidiano

Santos, Itanhaém e Cubatão disputam Hotel-escola

Diante da disputa é preciso que as prefeituras interessadas cheguem a um consenso sobre o melhor local para o Hotel-escola

Publicado em 18/03/2013 às 22:48

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A secretária de Turismo de Santos, Wânia Seixas, afirmou que conta com o apoio da Secretaria de Turismo do Estado para viabilizar o Hotel-escola, no Escolástica Rosa; o prefeito de Cubatão, Clermont Silveira Castor, disse que o imóvel situado no alto da Serra do Mar é o ideal para a instalação do curso de hotelaria; e o prefeito de Itanhaém, João Carlos Forssell, defendeu que o Paço Municipal, que já foi colônia de férias, atenderia os moldes de uma escola metropolitana de hotelaria, considerando a demanda de estudantes da Região.

Diante da disputa, para que o empreendimento que oferecerá cursos gratuitos de hotelaria e gastronomia seja efetivamente concretizado em parceria com o Governo do Estado, é preciso que as prefeituras interessadas cheguem a um consenso sobre o melhor local para o Hotel-escola, na Baixada Santista.

O assunto poderá entrar na pauta da próxima reunião do Condesb, mas enquanto isso, cada Município defende que os seus imóveis são os mais adequados. Os representantes de Santos, Cubatão e Itanhaém manifestaram o interesse em sediar o empreendimento, na última reunião dos prefeitos da Região com o secretário estadual de Turismo Fernando Longo, na Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), no dia 23 de fevereiro.

“A nossa proposta (Escolástica Rosa) é a mais indicada por atender não só Santos, mas a Região como um todo. Pretendemos montar ali, num segundo momento, oficinas para cerca de 11 profissões voltadas para a Hotelaria”, afirmou Wânia Seixas. Segundo a secretária, o Hotel-escola vai além dos cursos, e a projeção é de que o equipamento, além de escola se torne, de fato, um hotel.

Porém, para complementar a segunda etapa do projeto, a Secretaria Municipal de Turismo conta com parceiros da iniciativa privada. O Escolástica Rosa, conforme determinado em testamento de cessão do imóvel para a Santa Casa de Misericórdia de Santos, só pode ser explorado para fins educacionais, em caráter gratuito. “Como não temos a titularidade do imóvel, não podemos investir recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade), no imóvel”, explicou a secretária, complementando que está tentando buscar investidores para o projeto.

“O Escolástica Rosa tem 37 apartamentos, não daria para treinar nem o pessoal de Santos”, contesta o prefeito de Itanhaém, João Carlos Forssell, dizendo que o Paço Municipal de Itanhaém dispõe de 80 apartamentos que atenderiam facilmente a demanda de estudantes da Região.

Forssel defendeu ainda que o imóvel, diferente, do Escolástica, não necessita de reforma, apenas de algumas adaptações. ”O Hotel-escola já estaria funcionando em 2007”, estimou o prefeito, que acredita no sucesso da parceria com o Governo do Estado. “O secretário (Fernando Longo), se mostrou bastante sensível quanto a realização do projeto em Itanhaém”.

Questionado porque só agora manifestou a idéia de fazer o hotel-escola, Forssel respondeu que desde o ano 2000, a Cidade discute a implantação de uma escola de hotelaria e que já havia levado a sugestão ao secretário estadual de Turismo, há dois meses, em reunião das Estâncias Balneárias, realizada no Município. 

Já o prefeito de Cubatão, Clermont Castor, entrou na briga pelo Hotel-escola, ao ver que Santos e Itanhaém manifestaram interesse no empreendimento. “Eu quis apenas mostrar que Cubatão já pensava num curso de hotelaria. Busquei parceiros para realizar empreendimento nesse sentido, em minha primeira gestão. Levei a proposta ao MEC, mas não consegui os recursos necessários e ao Plano Diretor de Turismo da Baixada Santista (PDTUR), onde também não obtive adesão.

Mas, agora que Santos e Itanhaém entraram na disputa também ofereço um imóvel que acredito ser o ideal por seu porte (3 andares) e pela vista linda que oferece”, argumentou Castor. “Eu quero o que for melhor para a Região, se o melhor for o Escolástica, eu acato a decisão”, mas ressalvou, “o imóvel que ofereço nem precisa de reforma, apenas pequenas adaptações”.

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