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Cotidiano

Santos entrega mais coleiras contra leishmaniose no sábado

Têm direito os animais previamente identificados e acompanhados, que têm a leishmaniose visceral canina ou cães sadios que vivem a um raio de 100 metros de distância dos que estão acometidos pela doença

Da Reportagem

Publicado em 18/06/2020 às 22:00

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O uso da coleira repelente é a principal forma de evitar a proliferação / Divulgação/PMS

A Prefeitura vai trocar neste sábado (20), a partir das 10h, as coleiras repelentes contra leishmaniose de 175 cães que já usam o acessório, fornecido pela administração municipal e que tem durabilidade média de quatro meses. A entrega será feita casa a casa, nos bairros Marapé (incluindo Morro), Jabaquara, Morro da Penha e São Bento.

Têm direito os animais previamente identificados e acompanhados, que têm a leishmaniose visceral canina ou cães sadios que vivem a um raio de 100 metros de distância dos que estão acometidos pela doença. Os munícipes também receberão panfleto sobre a leishmaniose. 

E caso de mau tempo, a ação será transferida para outra data. No último dia 11, outras 209 coleiras repelentes já foram entregues.

Como a leishmaniose visceral canina é transmitida pelo mosquito-palha, o uso da coleira repelente é a principal forma de evitar a proliferação, uma vez que mantém os animais sadios livres de uma eventual picada contaminada do inseto e os animais doentes, com a coleira, deixam de ser alvo do mosquito-palha, interrompendo a cadeia de transmissão.

Os veterinários da Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses também avaliarão as condições de saúde dos cães que passaram por tratamento para reduzir a carga viral da doença. Se houver necessidade de consulta médica aprofundada, os proprietários dos animais serão orientados a levá-los a uma clínica veterinária.

A doença

O primeiro caso de leishmaniose em Santos foi registrado em 2015 e, desde então, 85 animais foram identificados com a doença, dos quais 55 já morreram.

A leishmaniose visceral é uma doença crônica. Os sintomas demoram de dois a três anos para aparecer no animal e incluem pele e mucosas com feridas; queda de pelos da orelha e em volta do nariz; emagrecimento e crescimento exagerado da unha. Com seu avanço, os órgãos internos como fígado, baço e pulmão são afetados. Não há cura, mas quanto mais cedo se detecta, mais fácil é o tratamento e o controle da doença. O animal tem que ser monitorado pelo resto da vida.

Linha integral de cuidado

Santos realiza um trabalho integral contra a doença, que cobre investigação do vetor, notificações, investigação sorológica, ações de prevenção e tratamento aos cães infectados. A eutanásia ainda é uma medida de controle da doença na maioria das regiões do Brasil. A cidade de Santos é pioneira na abordagem humanitária e integral para a leishmaniose.

Saiba mais sobre as demais ações do Município para a prevenção e controle da doença

Investigação do vetor: embora existam casos positivos de leishmaniose em cães na Cidade, o mosquito-palha da espécie lutzomya longipalpis até hoje não foi encontrado no Município. Desde 2015, a Secretaria de Saúde atua em parceria com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), do governo estadual, em buscas nas matas, com armadilhas próprias para atrair e reter o inseto transmissor.
Notificações: clínicas veterinárias particulares e a Codevida notificam a Sevicoz sobre casos de leishmaniose. A Sevicoz inicia a investigação sorológica, com coleta de sangue no animal e envio da amostra para o laboratório Adolfo Lutz, referência para a confirmação dos casos
Investigação em outros animais: uma vez identificada a doença em algum animal, a Sevicoz faz uma busca ativa de outros cães que possam conviver no mesmo espaço do contaminado e também dos que estão a um raio de 100 metros de diâmetro de distância. É colhido o sangue e enviado ao Adolfo Lutz.
Tratamento: atualmente, 30 cães com leishmaniose recebem tratamento para controle da carga parasitária. O tratamento dura 28 dias, sendo realizado exame de sangue 3 a 4 meses depois do fim para verificar a resposta do organismo ao medicamento. Com a carga parasitária baixa, o risco de transmissão é menor. Todos foram microchipados, de forma que, se houver fuga do animal, por exemplo, é possível identificar o seu paradeiro
Coleira com repelente: todos os cães identificados com leishmaniose recebem uma coleira com repelente de forma a prevenir que o inseto o pique e se torne transmissor da doença para outros animais e pessoas
Capacitação: Os agentes de controle de endemias e demais profissionais de saúde da rede municipal passam por capacitações periódicas, a fim de se tornarem multiplicadores de informação para a população
Orientação: os munícipes cujos animais passaram por investigação são orientados a manter os ambientes externos livres de material orgânico (fezes, folhas) que atraem o inseto; manter as janelas teladas e usar repelente, em especial no fim da tarde e de noite, períodos de mais atividade do mosquito-palha.

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