Samu poderá encaminhar paciente ao hospital particular de sua rede conveniada na Cidade / Matheus Tagé/DL
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O atendimento de urgência mudou em Santos. A partir de agora, quem é atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na Cidade e possui convênio médico poderá ser encaminhado para um hospital particular da rede disponibilizada para o usuário.
Antes, o serviço só poderia encaminhar o paciente para um pronto-socorro público. A medida foi adotada após três anos de conversação entre a Prefeitura de Santos, os responsáveis pelo Samu na Cidade, as instituições hospitalares privadas e o vereador Evaldo Stanislau (Rede), autor da mudança.
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“Isto vai funcionar bem e pode resolver conflitos como a sobrecarga no serviço público, a mobilização de uma equipe médica para resolver um caso que poderia ser resolvido em outro lugar e até a melhor na questão médica do paciente, que em alguns casos, terá um atendimento mais adequado na rede particular”, explica Stanislau.
Segundo o vereador, houve uma boa vontade da Prefeitura e também dos hospitais para que a mudança fosse colocada em prática. “Esta mudança já é feita em cidades como São Paulo e Guarulhos. Não é um serviço de leva e traz”, comenta.
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A alteração na forma de atendimento do Samu foi decidida em uma reunião entre as partes interessadas na semana passada. Desde então, a mudança foi colocada em prática. “O paciente atendido pela viatura do Samu com indicação de remoção à Unidade Hospitalar de Pronto Atendimento em urgências poderá informar se possui convênio com plano de saúde. O médico regulador do Samu, de acordo com a grade de atendimento apresentada pela rede hospitalar particular, mantendo como critérios a gravidade do caso e proximidade da ocorrência, destinará o paciente”, complementa a Secretaria Municipal de Saúde.
Contraponto
Apesar da mudança no destino do paciente atendido pelo Samu já estar em vigor, o vereador Douglas Gonçalves (DEM), presidente da União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs) contesta a informação. Segundo ele, em reunião com a diretora do Departamento Regional de Saúde (DRS-4), Paula Covas, foi colocado em pauta que “não é possível para o Samu levar um paciente ao hospital particular da rede conveniada que o atende”.
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Gonçalves acrescenta ainda que “uma porta referenciada (portaria) impede que isso aconteça e que colocar em prática é difícil já que nem todos os hospitais particulares possuem prontos-socorros”.
A Reportagem do Diário do Litoral questionou o DRS-4 sobre qual autonomia a Prefeitura de Santos tem para alterar o destino do paciente atendido pelo serviço de urgência. O Departamento limitou-se a responder: “Informamos que o Samu é um serviço que está sob gestão da Secretaria Municipal de Saúde”.