Cotidiano

Sabesp reduz pressão por 10h e reservatórios caem para 26% em São Paulo

O Governo aciona alerta para falta de chuvas e monitora Cantareira em nível crítico; veja as regras de economia e as faixas de risco

Giovanna Camiotto

Publicado em 27/12/2025 às 01:35

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

São Paulo enfrenta a maior seca dos últimos anos em meio a uma onda de calor recorde / Divulgação/Agência SP

Continua depois da publicidade

A Região Metropolitana de São Paulo enfrenta uma pressão operacional sem precedentes em seu sistema de abastecimento. O Sistema Integrado Metropolitano (SIM), que abrange sete mananciais e é responsável pelo atendimento de milhões de pessoas, opera atualmente com apenas 26,42% de sua capacidade de armazenamento.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Esse cenário crítico é o resultado da combinação entre a maior seca dos últimos anos, a ocorrência de uma onda de calor recorde e a elevação acentuada do consumo de água, que registrou aumentos de até 60% em alguns pontos da região nos últimos dias.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Descarte irregular entope rede e leva 400 toneladas de lixo às estações da Sabesp

• Conta de água vai subir: reajuste da Sabesp já tem data e valor confirmado

• Após vazamento de esgoto, multa diária à Sabesp cresce e pressiona empresa no litoral

Para preservar os reservatórios, o Governo de São Paulo mantém e amplia o trabalho integrado de monitoramento e prevenção à escassez hídrica. Com base em diagnósticos da SP Águas, a Arsesp autorizou a Sabesp a realizar a gestão da demanda no período noturno, com 10 horas de duração, das 19h às 5h.

Atualmente, o estado encontra-se na Faixa 3 de criticidade, que prevê essa gestão de demanda noturna e a intensificação de campanhas de conscientização. As medidas adotadas garantem uma economia diária equivalente a mais de 1,2 milhão de caixas d’água de 500 litros.

Continua depois da publicidade

A situação exige atenção permanente, especialmente porque dois dos principais reservatórios, Alto Tietê e Cantareira, operam com volumes próximos de 20%. Como o sistema funciona de forma integrada, a pressão sobre um manancial impacta todo o conjunto.

A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, reforçou o apelo à colaboração da sociedade ao afirmar que “o uso consciente de água deve fazer parte da rotina das famílias, principalmente neste período de escassez severa. A ação de cada um tem impacto direto na preservação do nível dos mananciais”.

Mesmo com a estimativa de que haja 30% menos consumidores na região devido às festividades de fim de ano, a produção de água precisou ser ampliada em 9% para atender à demanda anormal. Os modelos meteorológicos indicam que as chuvas em janeiro devem ficar abaixo da média, o que reforça a importância das ações planejadas.

Continua depois da publicidade

O governo destaca que medidas simples podem evitar o agravamento da crise, como reduzir o tempo de banho de 15 para 5 minutos, o que economiza até 162 litros, ou lavar o carro com balde em vez de mangueira, evitando o desperdício de 176 litros.

O sistema paulista conta com investimentos que ampliaram sua resiliência, como a transposição Jaguari-Atibainha e o Sistema São Lourenço. Recentemente, a Sabesp entregou o bombeamento da bacia do rio Itapanhaú para o Sistema Alto Tietê, beneficiando 22 milhões de pessoas.

O novo modelo de gestão adotado em 2025 estabelece 7 faixas de atuação; enquanto as três primeiras focam em prevenção e gestão noturna, as faixas de 4 a 6 ampliam a redução de pressão por até 16 horas, e a faixa 7 representa o cenário mais grave, com rodízio de abastecimento e uso de caminhões-pipa.

Continua depois da publicidade

TAGS :

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software