13 de Outubro de 2024 • 02:09
Cotidiano
Com alegorias e fantasias bem elaboradas, além de sambas-enredo envolventes, as duas escolas mostraram que podem brigar pelo título de campeão do carnaval de 2015
Na primeira noite de desfiles do Grupo Especial de São Paulo, as escolas Rosas de Ouro e Dragões da Real foram as que mais empolgaram o público no Sambódromo do Anhembi. Com alegorias e fantasias bem elaboradas, além de sambas-enredo envolventes, as duas escolas mostraram que podem brigar pelo título de campeão do carnaval de 2015.
A previsão de chuva na noite desta sexta-feira não se concretizou, o que contribuiu para que todas as escolas terminassem a passagem pelo Anhembi sem atrasos ou imprevistos. A primeira escola a entrar na avenida foi a Mancha Verde. Apesar de ainda não estar lotada, a arquibancada se animou com a passagem da escola. Com enredo sobre os cem anos do Palmeiras, a Mancha atraiu muitos torcedores do clube, que balançavam bandeiras e cantavam o refrão do samba. Em toda a avenida, era possível ver faixas da torcida de várias cidades do Estado, como Sorocaba, Americana e São Roque.
A Acadêmicos do Tucuruvi foi a segunda a desfilar e levou ao Anhembi uma explosão de cores ao relembrar as marchinhas de carnaval desde o início, em 1899. A escola animou a plateia e não cometeu erros técnicos, o que foi bastante comemorado ao final do desfile.
Terceira escola a entrar no sambódromo, a Tom Maior busca a superação com o tema do carnaval deste ano, já que, no ano passado, o carro abre-alas quebrou ainda na concentração. A primeira alegoria, “Explosão de adrenalina”, não teve problemas e a escola seguiu pela avenida abarcando as emoções humanas e a racionalidade. No fim, uma ala foi dedicada à expectativa de ganhar nota 10 em todos os quesitos.
Assim como a Tom Maior, a Rosas de Ouro apostou em uma dificuldade do ano anterior para criar seu samba-enredo. Cansada de ser vice por três anos seguidos, a escola falou sobre superação em “Depois da tempestade, o encanto!". Em 2014, a escola percorreu a avenida sob chuva e granizo. Para passar a mensagem de que é possível vencer com fé e determinação, a Rosas se baseou em quatro contos de fadas: Peter Pan, Alice no País das Maravilhas e A Bela e a Fera.
Os 120 anos de relação entre Brasil e Japão foram celebrados pela Águia de Ouro, penúltima agremiação a entrar no Anhembi neste sábado, 14. O perfil futurista do país foi logo apresentado pela comissão de frente, que tinha uma nave com telões de LED exibindo desenhos japoneses.
A última escola a entrar na avenida foi a Nenê de Vila Matilde, que trouxe o colorido da África para o Anhembi. Abusando dos tons de amarelo, dourado e laranja e de alegorias grandiosas, a escola da zona leste cantou Moçambique à luz dos primeiros raios de sol deste sábado (14). Mesmo com o sambódromo esvaziado, os 3.000 integrantes da agremiação mostraram empolgação ao narrar a história do país africano.
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