Cotidiano

‘Rolezeiros’ se filiam a entidade ligada ao PC do B

A ponte entre os jovens e a organização foi feita pelo secretário de Igualdade Racial da prefeitura paulistana, Netinho de Paula, que integra o partido

Publicado em 31/01/2014 às 12:05

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A polêmica em torno dos "rolezinhos" de jovens da periferia em shoppings de São Paulo começa a ganhar contornos partidários. Três dos principais organizadores dos encontros combinados pela internet se filiaram nesta quarta-feira, 29, à União da Juventude Socialista (UJS), entidade que representa a juventude do PCdoB e dirige a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A ponte entre os jovens e a organização, que foi fundada em 1984 pelo então líder estudantil Aldo Rebelo, atual ministro dos Esportes, foi feita pelo secretário de Igualdade Racial da prefeitura paulistana, Netinho de Paula, que integra o partido. Ele foi escalado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) para negociar um acordo entre os "rolezeiros" e os comerciantes que reclamam do movimento.

A filiação do trio aconteceu durante o seminário nacional de formação política da UJS. Também participaram do evento os ex-ministros Luiz Dulci e Orlando Silva, e Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB.

"A nossa aproximação com eles reforça nossa atuação na periferia", afirmou Camila Lima, presidente da UJS paulistana.

Continua depois da publicidade

Netinho foi escalado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) para negociar um acordo entre os "rolezeiros" e os comerciantes que reclamam do movimento (Foto: Divulgação/Câmara Municipal de SP)

Apesar do entusiasmo da UJS, o principal líder dos "rolezeiros" demonstra não ter entendido muito bem a proposta do grupo ao qual se filiou. "Eu não sabia que era um grupo político. Eles disseram que a UJS é um grupo de amigos e que ela não tem nada a ver com partido. Se tiver, eu vou me afastar", disse ao 'Estado' o estudante Vinicius Andrade, de 17 anos, morador do Capão Redondo, zona sul de São Paulo.

Com quase cem mil seguidores no Facebook, ele afirma que os polêmicos encontros não têm o objetivo de fazer uma denúncia social. "Nosso objetivo é curtir, tirar umas fotos e dar uns beijos. Não queremos saber de política. A gente não queria essa polêmica toda", disse Vinicius.

Continua depois da publicidade

O estudante admite, porém, que pode "dar uma força" para Netinho de Paula em sua campanha para deputado. O secretário, reeleito vereador e candidato ao Senado em 2010, é a principal aposta do PCdoB na disputa por uma vaga na Câmara. 

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software