Cotidiano
Motoristas relatam sustos frequentes com solavancos e impactos no sistema de amortecimento dos veículos devido às ondulações e buracos no pavimento
No ranking, a BR-101 superou a Régis Bittencourt, Presidente Dutra e Fernão Dias / Divulgação/DNIT
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A Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) apresenta trechos com pista irregular, deformações no asfalto e outras falhas estruturais, especialmente na região do Vale do Ribeira. A via é administrada pela iniciativa privada desde 2008.
Motoristas relatam sustos frequentes com solavancos e impactos no sistema de amortecimento dos veículos devido às ondulações e buracos no pavimento. A rodovia, administrada pela Arteris desde 14 de fevereiro de 2008, possui 396,6 quilômetros entre São Paulo e Curitiba, cortando 11 municípios paulistas e cinco cidades paranaenses.
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Com a conclusão da duplicação da Serra do Cafezal, em Miracatu, em 2017, a Régis tornou-se totalmente duplicada um avanço que aumentou a segurança em um trecho historicamente conhecido como "avenida da morte". Segundo a concessionária, o fluxo diário supera 29 mil veículos, sendo cerca de 80% composto por ônibus e caminhões.
Desde o início da concessão, a Arteris afirma ter realizado uma série de obras importantes, como a construção de quatro túneis, 39 pontes e viadutos, 56 passarelas, 12 passagens de fauna, além de 35 km de vias marginais e mais de 800 km de pavimento recuperado. Também foi instalada uma área de escape em Miracatu, considerada essencial para evitar acidentes no trecho.
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Sobre as irregularidades na pista, a Arteris informou:
'A Arteris Régis Bittencourt dispõe de equipes que atuam diariamente na conservação e manutenção do pavimento, garantindo condições de segurança e trafegabilidade aos usuários.
Nos últimos três meses, foram aplicadas mais de 10 mil toneladas de CBUQ (massa asfáltica) em serviços de pavimentação entre Miracatu e Pariquera-Açu.
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Na região mencionada, estão em execução serviços programados de fresagem e recomposição descontínua do pavimento, que seguem até o primeiro trimestre de 2026. Durante esse período, seguimos atuando com reparos localizados até a intervenção definitiva.'
O governo federal informou que a BR-116/PR/SP receberá mais de R$ 13 bilhões em investimentos após a repactuação do contrato, aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que prevê a realização de uma nova concessão.
A Régis Bittencourt, atualmente operada pela Arteris, foi incluída entre as prioridades do governo para ajustes contratuais, diante da necessidade de modernização e adequações financeiras.
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A nova concessão, que deve ter contrato assinado em 2026, prevê obras essenciais para os próximos 15 anos, incluindo mais de 90 km de iluminação em trechos perigosos especialmente nas áreas de serra , cerca de 60 km de terceiras faixas, melhorias em acessos, ciclovias, passarelas e novas passagens de fauna.
Sobre a rodovia
Por ser um corredor logístico estratégico, a rodovia enfrenta tráfego intenso, que se agrava durante períodos de chuva, quando aumentam os riscos de congestionamentos e acidentes.
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Com 383 quilômetros de extensão, a Régis Bittencourt atravessa 16 municípios e é considerada uma das principais rotas para o transporte de cargas entre o Sul e o Sudeste.