Cotidiano

Rodovia do litoral de SP tem centenas de calotas espalhadas na pista todos os meses

Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP), cerca de 2 mil calotas são recolhidas todos os meses na rodovia

Fábio Rocha

Publicado em 05/12/2025 às 11:55

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A maior concentração ocorre justamente no trecho mais desafiador da via / Robson Roy

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Quem dirige rumo ao litoral norte de São Paulo, especialmente para Ubatuba, pode encontrar um cenário inesperado na Rodovia Oswaldo Cruz: centenas de calotas acumuladas ao longo da pista, principalmente nas áreas de serra.

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O fenômeno, embora curioso à primeira vista, representa riscos tanto para a segurança viária quanto para o meio ambiente.

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Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP), cerca de 2 mil calotas são recolhidas todos os meses na rodovia.

A maior concentração ocorre justamente no trecho mais desafiador da via, onde curvas fechadas e descidas íngremes contribuem para que as peças se soltem com facilidade dos veículos.

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Centenas de calotas se acumulam às margens da Rodovia Oswaldo Cruz, sobretudo no trecho de serra / Reprodução Youtube/Rolê Gravado
Centenas de calotas se acumulam às margens da Rodovia Oswaldo Cruz, sobretudo no trecho de serra / Reprodução Youtube/Rolê Gravado
DER-SP recolhe cerca de 2 mil calotas por mês
DER-SP recolhe cerca de 2 mil calotas por mês
Curvas acentuadas e descida de 1.000 metros ao longo de 8 km favorecem o desprendimento das peças
Curvas acentuadas e descida de 1.000 metros ao longo de 8 km favorecem o desprendimento das peças
Superaquecimento dos freios deforma as calotas de plástico, fazendo-as soltar
Superaquecimento dos freios deforma as calotas de plástico, fazendo-as soltar
DER-SP realiza coleta semanal para evitar acidentes e danos ambientais
DER-SP realiza coleta semanal para evitar acidentes e danos ambientais

A Oswaldo Cruz, que liga Taubaté a Ubatuba, é conhecida por abrigar um dos trechos de serra mais complexos do estado, com curvas construídas ainda no século XVIII.

Em apenas 8 quilômetros, os motoristas descem aproximadamente 1.000 metros de altitude, exigindo muito do sistema de freios.

De acordo com o DER-SP, o esforço constante dos freios gera forte aquecimento, que acaba sendo transmitido às calotas. Como são feitas de plástico, elas se deformam com o calor e acabam se soltando, caindo pela pista ou sendo arremessadas para a mata.

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Para reduzir os riscos, o DER-SP mantém uma rotina de limpeza: todas as semanas, equipes percorrem o trecho a pé recolhendo as calotas.

A ação evita que as peças causem acidentes, prejudiquem a vegetação da Mata Atlântica ou poluam o entorno. Apesar disso, o grande volume recolhido ainda surpreende quem passa pelo local.

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Especialistas recomendam que os motoristas utilizem o freio-motor durante a descida da serra, uma técnica que ajuda a controlar a velocidade usando as marchas, reduzindo a dependência do pedal do freio.

Isso evita o superaquecimento e diminui as chances de desprendimento das calotas. Além disso, é fundamental manter pneus, rodas e suspensão em boas condições antes de enfrentar trechos tão exigentes.

Principais pontos:

  • Centenas de calotas se acumulam às margens da Rodovia Oswaldo Cruz, sobretudo no trecho de serra.
  • DER-SP recolhe cerca de 2 mil calotas por mês.
  • Curvas acentuadas e descida de 1.000 metros ao longo de 8 km favorecem o desprendimento das peças.
  • Superaquecimento dos freios deforma as calotas de plástico, fazendo-as soltar.
  • DER-SP realiza coleta semanal para evitar acidentes e danos ambientais.
  • Uso do freio-motor é recomendado para reduzir o superaquecimento.
  • Manutenção adequada do veículo é essencial antes de enfrentar trechos de serra.

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