Cotidiano
A mudança de penitenciária ocorre dias após uma solicitação da defesa do custodiado, que pedia a soltura do ex-jogador de futebol
Robinho foi condenado a 9 anos de prisão / Divulgação Santos FC e Reprodução
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O ex-jogador Robinho, condenado por estupro na Itália, foi transferido nesta segunda-feira (17) da Penitenciária II de Tremembé para cumprir pena no Centro de Ressocialização de Limeira, no interior de São Paulo. A troca ocorreu após uma solicitação da defesa do custodiado, que pedia a soltura alegando que o cumprimento da pena no Brasil seria maior que a estrangeira.
A informação foi confirmada ao portal Uol pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), mas detalhes da decisão não foram revelados publicamente. A distância entre as prisões é de 280km.
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A mudança de prisão ocorre menos de um mês após Robinho descrever a sua rotina em Tremembé, no qual afirmou que "nunca teve tratamento diferente" no local". A troca também acontece dias depois da Procuradoria-Geral da República se manifestar contra pedido de soltura do jogador.
Robinho está detido na penitenciária Dr. José Augusto Salgado, mais conhecida como Tremembé II, no Vale do Paraíba, o complexo famoso por custodiar condenados em casos de grande repercussão, como Suzane Von Richthofen e Elize Matsunaga.
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Recentemente, em vídeo divulgado pelo Conselho da Comunidade de Taubaté, o ex-jogador refutou alegações de tratamento diferenciado, afirmando que suas condições na prisão são as mesmas dos outros reeducandos: "Minha alimentação, o horário que eu durmo. É tudo igual a todos os outros".
"Nunca comi nenhuma comida diferente, nunca tive nenhum tratamento diferente. Faço tudo aquilo que os outros reeducandos também têm possibilidade de fazer, que é a oportunidade do trabalho, da leitura de um livro e, de vez em quando, quando queremos jogar um futebol, é liberado quando não tem trabalho no dia de domingo."
O ex-atacante, que marcou carreira nos times do Santos, Milan e na Seleção Brasileira, foi condenado em última instância pelo Judiciário italiano em 2022 por violência sexual em grupo contra uma mulher de origem albanesa em 2013, em Milão.
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A sentença foi homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em março de 2024 e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro, autorizando o cumprimento da pena no Brasil.