08 de Outubro de 2024 • 05:36
O município do Rio e Janeiro está em estágio de atenção desde as 19h20 de quinta-feira (17), devido ao avanço de novos núcleos de chuva vindos da Baixada Fluminense, que podem provocar precipitação de intensidade moderada a forte. Mais cedo, às 16h, a Bacia da Baía de Guanabara entrou em estágio de atenção.
O estágio de atenção é o segundo nível em uma escala de quatro e significa a possibilidade de chuva de intensidade moderada a ocasionalmente forte, em que os operadores do Alerta Rio estão em constante comunicação com os órgãos municipais que atuam nas situações de precipitação.
Devido à chuva, o Aeroporto Santos Dumont está operando para pousos e decolagens, com auxílio de instrumentos, desde às 19h45. Dos 123 voos domésticos previstos para o Santos Dumont, quatro atrasaram e 9 foram cancelados, de acordo com informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) passadas às 17h.
O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antonio Carlos Jobim também opera por instrumentos. Às 17h, a Infraero informou que dos 98 voos domésticos previstos para o Galeão, quatro atrasaram e nove foram cancelados. Entre os 22 voos internacionais, houve cinco atrasos e dois cancelamentos.
A Defesa Civil municipal registrou até as 17h30, 89 ocorrências para casos diversos, a maioria sem gravidade.
Em Mendes, no sul fluminense, Kelly Pereira da Rocha, de 4 anos, morreu soterrada pela manhã, após um deslizamento de terra na Avenida Jabuticabeira, no bairro Cinco Lagos. A queda de barreira atingiu a casa onde a criança morava com a avó Luzimara Pereira da Rocha, de 46 anos, que sofreu ferimentos leves e foi medicada em hospital da região. O deslizamento de terra foi provocado pelo temporal que atingiu a cidade na noite passada.
Em Barra Mansa, também no interior do estado, um prédio de três andares e uma casa desabaram na manhã de hoje no bairro Boa Vista 1, na região leste do município. O coordenador da Defesa Civil municipal, Carlos Natanael Geremias, disse que toda a região está sendo monitorada constantemente e, por medida de segurança, os imóveis foram interditados. "Percebemos que o solo sob os imóveis estava encharcado por causa das constantes chuvas e, como o prédio e a casa apresentavam rachaduras, interditamos os imóveis de pronto”.
Durante toda a manhã, técnicos da Defesa Civil fizeram uma análise de risco do local e decidiram interditar mais 15 casas no bairro Boa Vista 1. Para atender à população que ficou desabrigada, a secretaria municipal de Assistência Social e Direitos Humanos enviou uma equipe até o local para realizar o cadastro das famílias e informar sobre a documentação necessária para o aluguel social.
A gerente de Proteção Básica da secretaria, Roberta Silva dos Santos, disse que as famílias moravam em área de risco. “Essas pessoas foram prejudicadas porque estão em área de risco. Quando toda documentação for entregue por eles, vamos providenciar o benefício o mais rápido possível”, disse.
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