Cotidiano

Rica Mota, artista que criou 'O Peixe', escultura na entrada de Santos, luta pela vida

Após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o escultor segue internado e família pede ajuda

Jeferson Marques

Publicado em 27/09/2025 às 13:24

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Rica Mota posa para foto na praia de Santos, antes de sofrer o AVC / Arquivo Pessoal

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Responsável por alguns dos símbolos mais marcantes de Santos, o escultor e designer Ricardo Campos Mota, conhecido carinhosamente como Rica Mota, enfrenta um dos momentos mais delicados de sua vida. Criador da icônica escultura "O Peixe", que dá boas-vindas a quem chega à cidade pela Via Anchieta, Rica sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no fim de agosto e segue internado na Santa Casa de Misericórdia.

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Além de O Peixe, inaugurado em 1999 e hoje cartão-postal santista, Rica é autor de obras espalhadas pela cidade, como Molecadinha, em frente à Cadeia Velha; O Pôr do Sol no Mar, na Pinacoteca Benedicto Calixto; Cuore, diante da Paróquia Coração de Maria; e O Pneu Furou, na ciclovia da orla. Sua trajetória o tornou um dos maiores representantes da cultura santista, reconhecido também fora do país.

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Saúde

O estado de saúde do artista preocupa familiares e amigos. “Ele teve um AVC no dia 24 de agosto, foi bem grave. Ficou 27 dias na UTI, depois foi para a semi-intensiva e agora está no quarto, em isolamento. Está com o lado direito paralisado e precisa de cuidadora 24 horas”, contou o irmão, Reinaldo Mota.

Segundo ele, a recuperação é lenta e exige cuidados complexos. “Ele tem muitos amigos, mas mora sozinho, numa casa antiga que não tem condições de receber um home care. A gente está tentando conseguir uma clínica pelo SUS ou, caso não haja vaga, encontrar uma solução particular, mas os custos são altos. Por isso a vaquinha é tão importante.”

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Luta

A família relata que, além da paralisia, Rica enfrenta outros desafios: usa traqueostomia, depende de oxigênio, sondas e antibióticos na veia. Uma cirurgia está marcada para a colocação de sonda alimentar no estômago. Mesmo assim, pequenos sinais de melhora renovam as esperanças.

“Ele começou a se comunicar com a cabeça. Perguntamos se estava com frio e ele respondeu. Foi a primeira vez que interagiu. Ficamos emocionados. Como disse a médica da UTI, é um passinho de formiguinha, mas acreditamos que vai dar certo”, disse outro familiar.

Solidariedade

Para garantir os cuidados necessários, amigos e parentes criaram a campanha “Ajuda Rica, pai do Peixe de Santos”, disponível na plataforma Campanha do Bem. As doações já estão sendo usadas para custear a cuidadora no hospital, mas a mobilização precisa continuar, já que não há previsão para alta definitiva.

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“Ele sempre deu tanto orgulho para Santos, levando a cultura da cidade para o mundo. Agora é nossa vez de retribuir”, reforçam os familiares.

 

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