Cotidiano

Remédio com inseto? Anvisa interdita anestésico hospitalar por risco de contaminação

A medida, publicada no Diário Oficial da União, tem caráter preventivo e visa proteger a saúde da população enquanto são realizadas análises complementares de qualidade e segurança

Ana Clara Durazzo

Publicado em 10/10/2025 às 09:30

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A Anvisa orienta que profissionais de saúde e pacientes suspendam imediatamente o uso dos produtos afetados e comuniquem qualquer ocorrência à Vigilância Sanitária local / Freepik

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta semana, a interdição temporária de dois medicamentos fabricados no Brasil. A medida, publicada no Diário Oficial da União, tem caráter preventivo e visa proteger a saúde da população enquanto são realizadas análises complementares de qualidade e segurança.

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Os produtos afetados são o antibiótico Vancotrat 500 mg, fabricado pela União Química Farmacêutica Nacional S/A, e o Cloridrato de Lidocaína – 20 mg/ml, anestésico de uso hospitalar produzido pela Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda.

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Motivos da interdição

Segundo a Anvisa, o Vancotrat 500 mg, indicado para o tratamento de infecções graves como pneumonia, apresentou mudança de coloração.

O lote nº 2518163, com validade até abril de 2027, teve sua solução diluída exibindo tonalidade alaranjada, diferente da cor prevista na bula.

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Já o Cloridrato de Lidocaína – 20 mg/ml (lote nº 25010360, validade até janeiro de 2027) foi interditado após a denúncia da presença de um inseto em uma das ampolas do produto, usada em ambientes hospitalares.

A agência informou que ambas as medidas têm caráter preventivo, até a conclusão das análises laboratoriais.

Posicionamento das farmacêuticas

A União Química, responsável pelo Vancotrat, informou que cumpre integralmente a determinação da Anvisa e iniciou investigações internas de controle de qualidade para comprovar a segurança do medicamento.

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A empresa afirmou que pretende solicitar a desinterdição do lote, caso as análises confirmem a conformidade do produto.

Já a Hypofarma, fabricante do anestésico interditado, declarou ao Metrópoles que não encontrou indícios de contaminação durante suas análises internas.

A farmacêutica afirmou que o cliente responsável pela denúncia se retratou posteriormente, e que enviou respostas técnicas detalhadas à Anvisa, reiterando a segurança do medicamento.

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Uso e comercialização suspensos

Durante o período de interdição, os medicamentos não devem ser utilizados, comercializados nem distribuídos.

A Anvisa orienta que profissionais de saúde e pacientes suspendam imediatamente o uso dos produtos afetados e comuniquem qualquer ocorrência à Vigilância Sanitária local ou por meio dos canais de atendimento disponíveis no portal oficial da agência.

'A interdição cautelar é uma medida prevista em norma sanitária e pode ser adotada diante de suspeita de irregularidade ou risco potencial à saúde', destacou o órgão.

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Medida preventiva, não definitiva

A interdição cautelar não implica recolhimento permanente, mas impede o consumo e a venda dos produtos até o término das investigações.

Se comprovada a segurança dos lotes, as empresas poderão solicitar a liberação e retorno ao mercado.

Orientações ao público

Em caso de dúvidas ou relatos, consumidores e profissionais de saúde podem entrar em contato com a Anvisa por meio da Central de Atendimento (0800 642 9782) ou pela Ouvidoria disponível no site oficial da agência.

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