Incêndio no Edifício Joelma foi um dos piores que já aconteceram na Grande São Paulo / Bombeiro Mato Grosso do Sul/Divulgação
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São Paulo já foi alvo de incêndios graves nos últimos anos, assim como o que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 14, na rua Martin Buchard, localizada próxima à estação da CPTM.
Relatos dizem que moradores estão assustados com as explosões, e que os imóveis foram evacuados para evitar maiores incidentes. A região é repleta de comércio e é próxima ao extinto Edíficio Joelma, cujo incêndio em 1974 resultou em 191 mortes.
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Em fevereiro de 1974, um curto-circuito em um ar-condicionado fez com que o Edifício Joelma entrasse em chamas. Até hoje é considerado um dos incidentes mais marcantes da história do país.
O caso resultou em 181 mortes, das quais 30 corpos nunca conseguiram ser identificados por conta do alto nível de carbonização. O acidente ainda causou mais de 300 feridos.
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A maioria das vítimas eram funcionários do Banco Crefisul, que foi responsabilizado por conta de ser locatário do imóvel.
Na ocasião, três funcionários da empresa foram condenados. A empresa Termoclima, responsável pela manutenção dos aparelhos no prédio.
O incêndio no Edifício Andraus aconteceu um pouco antes, em 24 de fevereiro de 1972. Na ocasião, as chamas começaram no segundo andar por conta de um curto-circuito no luminoso de propaganda das Casas Pirani.
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Em 15 minutos, o fogo já tinha consumido seis andares do prédio. O incidente causou 16 mortes, incluindo as de dois executivos da empresa Henkel: Paul Jürsen Pondorf e Ottmar Flick.
Mais de 330 pessoas ficaram feridas, e o número de mortes não foi maior por conta do heliporto do prédio, já que 300 pessoas foram resgatadas do incêndio por helicóptero.
O gerente-geral das Casas Pirani foi responsabilizado pelo incidente e condenado a dois anos de prisão.
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Seis dias depois do episódio no Joelma, o então prefeito de São Paulo, Miguel Colasuonno, publicou o decreto 10.878, com normas específicas para a segurança dos edifícios na capital paulista.
O decreto legislava sobre a criação de rotas de fuga, suprimento de água para o combate às chamas, lotação máxima e uso de material resistente ao fogo nas escadas.
O decreto também determinava que os edifícios da capital deveriam implantar um sistema de chuveiros automáticos contra incêndios.
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