Cotidiano

Relatório declara extinção de 6 espécies e mostra 60% das aves em declínio populacional

Mais de 48 mil espécies estão ameaçadas de extinção em nova lista divulgada pela União Internacional para a Conservação da Natureza

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário

Publicado em 15/10/2025 às 15:00

Atualizado em 15/10/2025 às 15:55

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Entre as espécies que não são mais encontradas está o maçarico-de-bico-fino (Numenius tenuirostris) / Reprodução/Wikipédia

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A mais recente atualização da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) trouxe uma notícia preocupante: seis espécies estão migrando para a categoria de extintas.

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Isso quer dizer que as informações sobre elas só poderão ser encontradas em museus ou nos livros de biologia. Além disso, 60% das espécies de aves avaliadas pela instituição estão em declínio populacional.

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Espécies em extinção

Entre as espécies que não são mais encontradas estão o maçarico-de-bico-fino (Numenius tenuirostris), ave migratória registrada pela última vez no Marrocos em 1995; um tipo de árvore do ébano (Diospyros angulata), registrada pela última vez no início da década de 1850; a planta (Delissea sinuata), nativa das Ilhas Havaianas; e três mamíferos australianos: a marga (Perameles myosuros), o bandicoot-listrado-do-sudeste (Perameles notina) e o bandicoot-barrado-de-Nullarbor (Perameles papillon).

Todas essas estão entrando na Lista Vermelha como extintas e se juntam ao musaranho-da-ilha-Natal (Crocidura trichura) e a uma espécie de caracol-cone (Conus lugubris), ambos extintos desde o final da década de 1980.

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A IUCN destaca que a perda dessas espécies representa não apenas um impacto ambiental, mas também científico, já que cada uma delas contribui de forma única para o equilíbrio dos ecossistemas.

Principais causas do declínio

Especialistas apontam o desmatamento como o principal fator por trás dos resultados alarmantes. Aproximadamente 60% das populações de aves estudadas estão em declínio em comparação com os números de 2016.

As regiões mais afetadas incluem a África Oriental, a América Central e Madagascar — áreas que concentram alguns dos maiores índices de perda de habitat do planeta.

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O aquecimento global e as mudanças climáticas também têm provocado impactos significativos, ameaçando a sobrevivência de espécies marinhas e de animais que dependem de ambientes gelados, como a foca-de-capuz (Cystophora cristata), a foca-barbuda (Erignathus barbatus) e a foca-da-Groenlândia (Pagophilus groenlandicus).

A nova Lista Vermelha

Divulgada na última sexta-feira (10), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, a nova Lista Vermelha inclui 172.620 espécies de animais e plantas, das quais 48.646 estão ameaçadas de extinção.

O documento é uma das principais referências globais sobre o estado de conservação da biodiversidade e orienta ações de governos, instituições e organizações ambientais em todo o mundo.

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Ciência e conservação

Para pesquisadores, os novos dados reforçam a importância da ciência na identificação de riscos e na criação de estratégias de conservação.

O monitoramento constante de espécies e ecossistemas é essencial para compreender tendências e embasar políticas públicas eficazes.

A atualização da Lista Vermelha também serve como alerta para a necessidade de ampliar investimentos em pesquisa, restauração de habitats e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, garantindo que outras espécies não tenham o mesmo destino das que desapareceram.

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