Cotidiano

Região registra 111 acidentes fatais de trânsito

Maioria deles foi de moto (44), seguida por atropelamentos (31), e mortes de ciclistas (24).

Vanessa Pimentel

Publicado em 14/07/2019 às 06:02

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Os homens ainda são os que mais morrem no trânsito. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

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Juntas, as noves cidades da Baixada Santista registraram, em cinco meses, 111 acidentes fatais de trânsito. A maioria deles foi de moto (44), seguida por atropelamentos (31), e mortes de ciclistas (24). As outras ocorrências variaram entre colisão de veículos, caminhões ou causas indeterminadas. Os dados são do Infosiga SP - sistema do Governo de São Paulo que traz mensalmente informações sobre acidentes fatais de trânsito no estado.

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Na região, São Vicente foi a cidade que registrou mais mortes no trânsito de janeiro deste ano até maio - 24 no total - a maioria de moto. Em seguida vem Praia Grande com 17, depois Cubatão com 16. Guarujá e Santos contabilizaram, cada uma, 12 ocorrências. Itanhaém teve 14 acidentes, Bertioga sete, Mongaguá com cinco e Peruíbe com quatro.

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As características das ocorrências também foram diferentes de um município para outro. Em São Vicente, os jovens entre 25 e 29 foram os que mais perderam a vida no trânsito. Em Guarujá e Itanhaém, a faixa etária cai ainda mais e fica entre 18 e 24 anos. Já em Santos, os idosos entre 75 e 79 anos foram a maioria das vítimas, assim como em Mongaguá e Peruíbe, onde pessoas com 65 e 69 anos morreram mais. Em Praia Grande a faixa etária ficou entre 40 e 44.

Os homens ainda são os que mais morrem no trânsito. Outro detalhe é que em cidades cortadas por rodovias, como Cubatão e Praia Grande, os acidentes ocorreram mais nesses locais do que em vias municipais - muitos deles atropelamentos de pedestres ou ciclistas cruzando as vias.

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INVALIDEZ

Os jovens são também os que mais sofrem com a invalidez permanente. Esses casos são caracterizados pela perda de algum membro ou, por exemplo, quando um órgão perde suas funções vitais.

Em 2018, no país, jovens inválidos ou que precisaram receber reembolso de despesas médicas, somaram 43% do total de benefícios pagos. O índice representa cerca de 140 mil pagamentos por acidentes de trânsito com pessoas de 18 a 34 anos apenas no ano passado. Os dados são da Seguradora Líder, administradora do Seguro DPVAT.

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A faixa etária ainda merece destaque quando observados os pagamentos por acidentes envolvendo motocicletas. Enquanto os automóveis registraram 20.054 benefícios pagos, o veículo de duas rodas somou 128.708 indenizações destinadas aos jovens - cerca de seis vezes mais. O número equivale a 52% de todos os benefícios pagos por ocorrências com motos no país.

MOTO

Os dados do Seguro DPVAT revelam que os jovens ainda são as principais vítimas das ocorrências, principalmente quando estão no comando da direção. Dos mais de 191 mil motoristas indenizados no ano passado no Brasil, cerca de 103 mil tinham entre 18 e 34 anos. Deste total, 62% eram condutores de motocicletas. Se analisados todos os tipos de vítima nesta faixa de idade (motorista, passageiro e pedestre), o veículo de duas rodas se mantém como o principal responsável pelos acidentes, registrando cerca de seis vezes mais pagamentos do que os casos envolvendo automóveis.

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Segundo os dados da Seguradora Líder, além dos benefícios pagos por acidentes com motocicletas, os jovens também concentram a maioria dos pagamentos por ocorrências fatais no período, com cerca de 40% dos sinistros. São Paulo, Minas Gerais e Paraná lideram a lista de estados com maior quantitativo de indenizações por morte para jovens, com 2.177, 1.482 e 1.076 benefícios, respectivamente.

"Os números indicam a importância de se investir na conscientização dos jovens durante o período de formação nas autoescolas. É fundamental que os recém-habilitados deixem as escolas de direção cientes das normas de segurança. Além disso, é essencial o respeito a estas regras e também a atenção ao volante, uma vez que os dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que a falta de atenção dos condutores foi a principal causa dos acidentes no ano passado", afirma Arthur Froes, superintendente de Operações da Seguradora Líder.

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