O texto parece legítimo, o visual convence e a sensação é de urgência. Um clique basta para o prejuízo começar / Freepik
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Uma mensagem curta, tom alarmista e um link que promete resolver tudo em segundos. É assim que começa um dos golpes digitais mais comuns e perigosos da atualidade.
O golpe do link recebido por SMS continua fazendo vítimas ao explorar medo, pressa e desatenção, levando pessoas a entregarem dados bancários sem perceber.
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O roteiro costuma ser sempre o mesmo: o SMS informa que a conta será bloqueada, que houve uma compra suspeita ou que existe uma pendência que precisa ser 'regularizada agora'. O texto parece legítimo, o visual convence e a sensação é de urgência. Um clique basta para o prejuízo começar.
O criminoso envia a mensagem se passando por banco, operadora, marketplace ou órgão conhecido. O link leva a um site falso, quase idêntico ao original, com logotipo, cores e linguagem copiados para transmitir confiança.
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Ao acessar a página, a vítima é induzida a digitar CPF, senha, código de verificação, número do cartão ou token. Nesse momento, as informações são enviadas diretamente ao golpista. Não há falha no celular nem invasão técnica: o golpe funciona porque provoca uma reação impulsiva diante da urgência.
Em muitos casos, o uso dos dados é imediato. Em poucos minutos, criminosos tentam acessar contas, realizar transferências ou usar as informações para aplicar novos golpes, inclusive entrando em contato com familiares e contatos da vítima.
Especialistas em segurança digital explicam que esse tipo de fraude se baseia menos em tecnologia e mais em comportamento. A mensagem coloca a pessoa em 'modo de emergência', fazendo-a agir antes de pensar.
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O medo de perder dinheiro, ter a conta bloqueada ou enfrentar problemas legais faz com que muita gente clique no link sem checar a veracidade da informação.
Alguns padrões se repetem nesses golpes e ajudam a identificar a fraude antes do clique. O alerta principal é simples: mensagens com urgência e link quase nunca são legítimas.
Desconfie se o SMS:
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pede para clicar em link para 'desbloquear', 'regularizar' ou 'evitar cobrança'
usa encurtadores ou endereços estranhos que não combinam com a marca
não chama você pelo nome e usa termos genéricos como 'cliente'
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solicita senha, código de verificação, token ou dados do cartão
pressiona com ameaças, contagem de tempo ou urgência exagerada
Se você apenas recebeu a mensagem, a orientação é clara: não clique, não responda e apague. Em caso de dúvida, abra o aplicativo oficial do banco manualmente ou procure um canal oficial de atendimento.
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Se você clicou no link e digitou dados, é fundamental agir rápido:
troque senhas imediatamente
revise acessos e autorizações
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ative autenticação em duas etapas
comunique o banco ou instituição envolvida
monitore movimentações suspeitas
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Quanto mais rápida a reação, menores as chances de o prejuízo aumentar.
Golpes por SMS continuam populares porque são baratos de disparar e sempre encontram alguém em um momento de distração ou preocupação. A melhor defesa é criar um freio automático: qualquer mensagem com link e urgência deve ser tratada como suspeita até prova em contrário.
Conferir informações apenas dentro do aplicativo oficial e evitar digitar dados sensíveis fora dele é uma regra básica de higiene digital. Em tempos de golpes cada vez mais convincentes, desconfiar não é exagero — é proteção.