Cotidiano

Raríssimo cão treinado para farejar felinos veio da Europa e vive no litoral de SP

A esperta cachorrinha trabalhou no caso da onça-pintada rara e ameaçada de extinção que apareceu próximo à Peruíbe, em março

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário do Litoral

Publicado em 15/05/2025 às 17:00

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Beth é da Hungria, mas mudou-se para Amsterdã (Holanda) logo cedo e hoje vive em Peruíbe / Lu Ventura/Arquivo Pessoal

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Você sabia que o Litoral de São Paulo é o lar do único cão que fareja fezes de felinos no Brasil, como onça-pintada, jaguatirica e gato-do-mato? O nome dela é Beth, simpática cadela farejadora e treinada para ajudar com a conservação da fauna na Mata Atlântica. 

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Os pesquisadores coletam as fezes indicadas para extrair o DNA e estudar as populações ecológicas, além de fazer ações de preservação.

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Beth é da Hungria, mas mudou-se para Amsterdã (Holanda) logo cedo, onde foi treinada pela ONG Scent Imprint. Tinha 4 anos quando foi doada para o Instituto Bioventura, com sede em Peruíbe, e hoje está prestes a completar 5 anos.

Como funciona o trabalho

De acordo com a presidente do Instituto Bioventura — do projeto “Felinos da Juréia Itatins” — Lu Ventura, quando detecta fezes de seus animais-alvo, a Beth se abaixa, bate as patas e balança o rabo. Os pesquisadores treinados entendem esse sinal e sabem que ali devem realizar a coleta de fezes.

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“Ela se alimenta de ração para alto gasto calórico. Principalmente durante as expedições, ela precisa comer bastante porque farejar exige muita energia e gasto calórico elevado”, disse.

Essa esperta cachorrinha trabalhou no caso da onça-pintada rara e ameaçada de extinção que apareceu próximo à Peruíbe, em março deste ano.

Apenas três no Brasil

Existem apenas três cães farejadores que trabalham com detecção de fezes de animais selvagens no Brasil. Enquanto a Beth fareja os felinos, o outro fareja fezes do macaco muriqui e o terceiro realiza o trabalho com cervídeos.

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“A floresta de Mata Atlântica é difícil de pesquisar devido às áreas montanhosas, chuvas, vegetação densa e animais ariscos. A Beth facilita o trabalho dos pesquisadores, otimizando o estudo da fauna”, finalizou.

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