Cotidiano
Apesar da ocorrência reativamente comum na região, o animal não costuma se aproximar das casas das pessoas
A preocupação agora é com integridade dele e que não seja perseguido pela população / Reprodução
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As câmeras de monitoramento do Condomínio Três Marias, em Peruíbe, registraram uma onça-parda (Puma concolor) nesta segunda (26), andando tranquilamente nas dependências do residencial.
Apesar da ocorrência reativamente comum na região, o animal não costuma se aproximar das casas das pessoas. A preocupação agora é com integridade dele e que não seja perseguido pela população.
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De acordo com o biólogo, Ed Ventura, do Projeto Felinos da Juréia-itatins, do Instituto Bioventura, a onça-parda é a segunda maior espécie de felino selvagem brasileiro.
Sua distribuição vai desde a patagônia Argentina até as montanhas rochosas na América do Norte, onde é chamada também de puma.
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Ele disse que esse tipo de animal é mais adaptável a ambientes modificados pelo homem e, por isso, as aparições em áreas urbanas são mais comuns, o que pode ser um perigo para ele:
“A perda de habitat ou a falta de sua alimentação na natureza podem levar esses animais a explorarem ambientes que não são naturais ao seu comportamento”
O condomínio onde ele foi encontrado está em uma região próxima a um grande fragmento de floresta e à Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, que divide o bairro do Parque Estadual da Serra do Mar. Provavelmente, o animal se deslocou em busca de alimento, quando foi filmado pelas câmeras.
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O biólogo, Bruno Lourenço, do mesmo instituto, falou que animal deveria estar procurando comida e que ali tem bastante mamífero de pequeno porte, que são os alimentos preferidos deste felino, além das aves.
A onça-parda não é agressiva, desde que não seja acuada ou importunada.
Esse não é um caso isolado. Relembre: Onça-pintada rara e ameaçada de extinção caça galinhas próximo a Peruíbe.
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Qualquer ameaça, caça ou tentativa de interação com o animal silvestre é crime ambiental. De acordo com a Lei Federal nº 9.605/98, quem praticar esse tipo de infração está sujeito a pena de detenção e multa.
Os biólogos do Instituto apontam o que deve ser feito, caso alguém tenha o privilégio de encontrar um animal deste tipo por aí:
– Mantenha distância, não tente interagir ou afugentar;
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– Não dê as costas e não corra, se afaste lentamente
– Evite caminhar sozinho em áreas próximas à mata no início da manhã ou à noite;
– Mantenha seus animais domésticos protegidos;
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– Acione os órgãos oficiais como a Polícia Militar Ambiental ou o Corpo de Bombeiros.
– Não faça mal ao felino.
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A equipe do Instituto Ambiecco, que também atua na região e mantém o Cetas Juréia, esclarece que esse é o único registro verdadeiro.
Estão sendo divulgadas nas redes sociais imagens antigas, que não têm relação com esse caso, algumas sugerindo que o animal estaria magro ou doente. Essas fotos não são verídicas e só alimentam a desinformação e o medo.
“Reforçamos nosso compromisso com a educação ambiental, a conservação da fauna e o combate à desinformação. Estamos acompanhando o caso e à disposição para maiores esclarecimentos”, informou o Instituto.
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