O tomate, mais uma vez, teve alta e já chega a custar R$ 7 o quilo. Há algumas semanas, ele custava R$ 5 / Nair Bueno/DL
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Basta uma volta pelas feiras-livres da Baixada Santista para perceber que o preço de alguns alimentos subiu nas últimas semanas. O tomate, mais uma vez, teve alta e já chega a custar R$ 7 o quilo. De acordo com os feirantes, há algumas semanas, ele custava R$ 5. O preço da batata-inglesa saiu de R$ 3 para R$ 6. O motivo: as chuvas fortes e constantes que afetaram as áreas rurais
O cenário acabou impactando a inflação oficial brasileira, que fechou março em 0,75%, acima do 0,43% do mês anterior, de acordo com o informado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na última quarta-feira (10). Foi a maior taxa desde junho de 2018, quando os preços sofreram impactos da greve dos caminhoneiros.
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Para um mês de março, foi a maior inflação desde 2015. Alimentos e transportes foram responsáveis por 80% do índice. Juntos, representam 43% das despesas das famílias.
Porém, os preços desses itens devem baixar nas próximas semanas, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
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Pelos números da Fipe, a pressão desses alimentos não só já diminuiu como, em alguns casos, deixou de existir.
É o caso do feijão, que, após dobrar de preços no ano, na primeira semana deste mês já custa 2,1% menos do que no mesmo período de março.
Mas o consumidor não terá muito alívio no bolso.
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Carnes
O ponta a ponta da Fipe já mostra aceleração dos preços das carnes, itens também de peso na inflação. Na primeira semana de abril, em relação à primeira de março, a suína teve alta de 4,4%, e a bovina e a de frango, de 2% cada uma.
Os preços das proteínas respondem a uma melhor demanda externa neste ano do que no anterior. A China vem se tornando um dos principais importadores de proteínas do Brasil, tendência que deverá perdurar por muitos meses.
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Apesar da boa produção agrícola, a âncora verde que segurou a inflação em outros anos poderá não se repetir agora, mas sem explosão de preço.
Redução nas áreas de plantio, aumento nas exportações e clima adverso estão sendo responsáveis por boa parte da elevação de preços essenciais à mesa do consumidor.
Com informações da Folhapress*
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