Conheça o grupo musical Arraial do Pavulagem, uma arte preservada da cultura amazônica / Divulgação/Instagram
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O grupo paraense Arraial do Pavulagem marcou a abertura oficial da Cúpula do Clima da COP30, em Belém, levando ao palco um espetáculo vibrante que uniu música, folclore e identidade amazônica.
O grupo, um dos maiores símbolos da cultura popular do Norte do Brasil, apresentou ritmos como carimbó, toadas e xotes, em um show que destacou a força da Amazônia como patrimônio ambiental e cultural do planeta.
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Criado em 1987 pelos músicos Ronaldo Silva, Júnior Soares e Rui Baldez, o Arraial do Pavulagem nasceu nas ruas de Belém com a proposta de valorizar as tradições regionais e as manifestações de matriz amazônica.
O grupo tornou-se conhecido pelos grandes cortejos populares, como o Arrastão do Pavulagem, realizado todo mês de junho, e o Arrastão do Círio, em outubro, reunindo milhares de brincantes, músicos e turistas no centro histórico da cidade.
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Mais do que uma banda, o Pavulagem é um movimento cultural. Desde 2003, o Instituto Arraial do Pavulagem atua como uma organização não governamental dedicada à preservação e difusão da cultura amazônica, promovendo oficinas de música, confecção de instrumentos e cortejos que unem arte e educação ambiental.
Conheça mais ouvindo uma das canções populares do grupo:
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O nome “Pavulagem” vem da linguagem popular do Pará e significa algo bonito, vaidoso ou cheio de pompa, uma referência ao estilo colorido e alegre das festas juninas da região. Já “arraial” representa o local de celebração dos santos populares, unindo fé, dança e tradição.
Reconhecido oficialmente como Patrimônio Cultural de Belém em 2017, Patrimônio Cultural do Pará em 2020 e manifestação da cultura brasileira em 2024 - por lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva —, o Arraial do Pavulagem consolidou-se como um dos principais símbolos da identidade amazônica.
A apresentação na abertura da Cúpula do Clima reforçou essa trajetória, conectando arte, cultura e sustentabilidade diante de líderes mundiais reunidos para discutir o futuro do planeta.
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Em meio aos sons dos tambores e à energia do povo paraense, o Pavulagem transformou o palco da COP30 em uma celebração da Amazônia viva e resistente, reafirmando o papel da cultura como aliada essencial na luta contra as mudanças climáticas.