Cotidiano

PSDB vai pedir cadeira do vereador Kenny Mendes

A informação, extraoficial, foi obtida ontem pela Reportagem. O parlamentar santista não se manifestou sobre a questão

Carlos Ratton

Publicado em 07/04/2018 às 09:00

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Em sua carta de desfiliação, o vereador denuncia perseguição política pessoal / Rodrigo Montaldi/DL

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O PSDB santista e a bancada de vereadores do partido na Câmara de Santos irão abrir processo requerendo o mandato do vereador Kenny Mendes para a legenda por infidelidade partidária. A decisão se encontra em uma ata de reunião ocorrida no última quinta-feira (5). A informação, extraoficial, foi obtida ontem pela Reportagem. O parlamentar santista não se manifestou sobre a questão.

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A iniciativa ocorreu porque 72 horas após sair do ninho tucano e ingressar no Progressistas, o vereador Kenny Mendes - o mais votado na Câmara de Santos nas últimas eleições – teve, na sessão de quinta-feira, lida sua carta de desfiliação em que denuncia perseguição política pessoal.

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O manifesto causou indignação de seus ex-companheiros de partido, especialmente Ademir Pestana (líder do Governo) e Geonísio Pereira Aguiar, o Boquinha (líder da bancada do PSDB), que leu e questionou a veracidade das informações de Mendes.  

Pressão

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No documento, o vereador diz que vinha sendo pressionado por membros do ex-partido a votar de acordo com a vontade da Administração, mesmo que o voto fosse contrário aos seus interesses e de seus eleitores, comprometendo a independência de seu mandato e atacando sua atuação na Câmara.

Emendas

Kenny revela que até suas emendas vindas de Brasília para o Município teriam sido contingenciadas e até não utilizadas pela Administração, numa clara tentativa de sabotar seu mandato. Pressão por membro do Executivo na escolha da composição da Mesa Diretora da Casa teria ocorrido, “em uma clara e indevida interferência no princípio da separação dos poderes”, completa, entre outras considerações relacionadas à vida pessoal.  

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Exemplos

Na sessão, Kenny ainda exemplificou. Disse que uma emenda de R$ 100 mil, usada para a implantação de uma biblioteca volante, ficou parada um ano e só utilizada após eleições de 2016. Outras duas emendas de R$ 250 mil cada, para duas pistas de skate – uma no Morro da Nova Cintra e outra na Praça Palmares - teriam sido contingenciadas para utilização conjunta com a construção de um futuro camelódromo, que acabou não sendo construído. Também revelou que uma emenda de R$ 250 mil, para implantação de uma estação de bicicletas, teria sido usada para asfaltar ruas do Bom Retiro.

Prefeitura

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Ontem, a Administração informou que a biblioteca volante demorou para ser viabilizada por conta do emplacamento, adaptação do reboque e do veículo, sendo que o equipamento percorre os bairros sistematicamente. Sobre a questão das pistas de skate, elas foram viabilizadas com verbas do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (DADE) e próprias.

Revelou ainda que a estação de bicicletas não pode ser realizada porque a emenda, do Ministério das Cidades só poderia ser utilizada para obras.

Sobre a eleição da Mesa Diretora da Câmara, a Administração garante que nunca houve pressão, pois Kenny, desde seu primeiro mandato, foi membro em funções de destaque. 

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