A garrafa PET, já tão consolidada no cotidiano, passa por um redesenho silencioso / Freepik
Continua depois da publicidade
As garrafas PET, tão presentes no cotidiano quanto criticadas pelo impacto ambiental, estão passando por uma reformulação que vai muito além da tampa de rosca tradicional. A mudança, que começou discretamente no exterior e já se espalha por diferentes mercados, é fruto de novas exigências ambientais e de uma pressão crescente por soluções mais sustentáveis.
Depois das tampas fixas – modelo que não se desprende da garrafa após a abertura –, uma nova onda de ajustes deve transformar tanto o aspecto físico quanto a composição das embalagens.
Continua depois da publicidade
A indústria enfrenta um momento de adaptação acelerada, impulsionada por legislações internacionais e pela necessidade de reduzir resíduos plásticos dispersos no ambiente.
Desde julho de 2024, garrafas PET passaram a adotar o sistema conhecido como tethered caps, ou tampas anexadas.
Continua depois da publicidade
Elas permanecem presas ao gargalo mesmo depois de abertas, reduzindo a chance de descarte inadequado. A solução se tornou obrigatória em países da União Europeia e já foi incorporada por multinacionais do setor de bebidas em outras regiões do mundo.
A motivação é simples: tampas soltas são um dos itens plásticos mais encontrados em praias e rios.
Mantê-las conectadas à garrafa aumenta a probabilidade de que todo o conjunto seja encaminhado à reciclagem, uma pequena mudança de design com impacto significativo na gestão de resíduos.
Continua depois da publicidade
As tampas anexadas representam apenas o início de uma reestruturação maior. Agora, a principal mudança anunciada pela União Europeia é a obrigatoriedade de incorporar plástico reciclado às novas garrafas.
Entre as medidas em andamento estão:
Percentual mínimo de reciclado: garrafas PET devem conter pelo menos 25% de material reciclado, com aumento para 30% até 2030.
Continua depois da publicidade
Design monomaterial: fabricantes estão revendo projetos para usar um único tipo de plástico, facilitando o processo de separação e reciclagem.
Redução de gramatura: novas técnicas buscam garrafas mais leves, usando menos material por unidade.
Reciclagem avançada: tecnologias como reciclagem química e processos bottle-to-bottle estão ganhando espaço, permitindo recuperar componentes originais do PET e transformá-los novamente em embalagens de alta qualidade.
Continua depois da publicidade
O novo ciclo de adaptações não está restrito às indústrias. Consumidores também notarão as diferenças: tampas que não se desprendem, garrafas mais leves e rótulos destacando o uso de material reciclado deverão se tornar padrão nos próximos anos.
Embora as mudanças possam causar estranhamento no início, especialistas apontam que o objetivo é claro: reduzir resíduos, facilitar a reciclagem e acelerar a transição para embalagens menos agressivas ao meio ambiente.
Enquanto isso, a garrafa PET, já tão consolidada no cotidiano, passa por um redesenho silencioso que promete influenciar hábitos de consumo e redefinir embalagens no mundo todo.
Continua depois da publicidade