Cotidiano

Protestos contra sentença de morte a clérigo deixam 17 mortos em Bangladesh

Sayedee foi considerado culpado em oito acusações de assassinatos em massa, estupro e atrocidades cometidas durante a guerra contra o Paquistão

Publicado em 28/02/2013 às 12:35

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Dezessete pessoas foram mortas em confrontos ocorridos nesta quinta-feira (28) em Bangladesh, depois de um tribunal ter sentenciado à morte um importante integrante da oposição.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Pelo menos 14 das vítimas foram vítimas de disparos feitos depois que um tribunal de Daca condenou Delwar Hossain Sayedee, vice-presidente do partido Jamaat-e-Islami, por crimes relacionados à guerra de independência do país, em 1971. Dentre os mortos estão também dois policiais que foram espancados até a morte, depois que partidários de Jamaat terem atacado uma base no distrito de Gaibandha, informou o policial Maonjur Rahman à agência France Presse.

Continua depois da publicidade

Sayedee foi considerado culpado em oito acusações de assassinatos em massa, estupro e atrocidades cometidas durante a guerra de nove meses contra o Paquistão, informou o promotor Syed Haider Ali. O veredicto foi anunciado no tribunal pelo juiz que preside o tribunal de crimes de guerra, ATM Fazle Kabir.

"Justiça foi feita àqueles que perderam seus entes queridos nas mãos de Sayedee", disse Ali.

Continua depois da publicidade

Sayedee é o terceiro réu condenado por crimes contra a humanidade desde que o governo do primeiro-ministro Sheikh Hasina deu início ao tribunal, em 2010. Os advogados de Sayedee boicotaram o tribunal durante o veredicto, que afirmaram ter tido motivação política. O advogado de defesa Abdur Razzak disse que vai apelar da decisão.

O partido Jamaat-e-Islami convocou uma greve nacional para esta quinta-feira para denunciar julgamento e exigir a libertação de Sayedee.

Forças de segurança dispararam balas de borracha e gás lacrimogêneo contra dezenas de partidários do Jamaat-e-Islami, que destruíram veículos e atacaram um escritório do partido governista Liga Awami no distrito de Rangpur. Ocorreram confrontos também no distrito de Sirajganj e na cidade de Chittagong, sudoeste do país.

Continua depois da publicidade

Em janeiro, outro líder do partido, Abul Kalam Azad, foi condenado à morte e no mês seguinte Abdul Quader Mollah, foi condenado à prisão perpétua. Outros sete importantes figuras do partido estão em julgamento por suas supostas participações em atrocidades de guerra.

O Jamaat-e-Islami, o maior partido islâmico do Bangladesh, fez campanha contra a guerra de independência em 1971, mas nega ter cometido atrocidades. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Continua depois da publicidade

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software