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Ao que tudo indica, o progresso prometido com a construção do primeiro shopping em Cubatão vai demorar mais um pouco para chegar à Cidade. Em meio às turbulências causadas pelo anúncio de, pelo menos, quatro mil demissões na Usiminas, um instrumento gerador de emprego não consegue se levantar diante do matagal que se formou no terreno onde o empreendimento será construído.
O último prazo dado pelo grupo responsável pelas obras à Reportagem do Diário do Litoral foi o de início das obras neste mês. No entanto, ainda não é possível ver nada além de uma estrutura metálica abandonada e um terreno coberto pelo mato alto. Até o fechamento desta edição, as empresas responsáveis pelo shopping — Arias Invespar Investimentos e Participações, AMC Holding e RRS Empreendimentos Imobiliários — não deram posicionamento sobre uma nova data.
A Prefeitura fez a parte dela. Facilitou a entrada do empreendimento com alterações na Lei de Uso e Ocupação de Solo. O alvará que autoriza o início dos trabalhos também já foi emitido. A Cidade é a que mais aguarda que a promessa do grupo seja cumprida.
Quando foi anunciado, o prazo para entrega do empreendimento era 2016. “As obras podem começar já no segundo semestre deste ano. Entregaremos em 18 meses o shopping, e logo após o hotel e o centro comercial”, garantiu o arquiteto responsável pelo projeto, Claudio Abdala, em 3 de maio de 2013, durante apresentação do projeto. 30 meses depois e nada foi entregue à população.
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Em abril de 2014, 11 meses após o anúncio, a Adminstração Municipal recebeu a promessa de que o grupo de investidores faria diversas melhorias no Município, dentre elas, a implementação da Rede Cegonha, do Governo Federal, por meio da construção do abrigo do Centro de Parto Natural e da Casa da Gestante, dois dos principais componentes do Quarteirão da Saúde. Os equipamentos devem ser erguidos no local onde funcionava a antiga políclica da Cidade, já demolida. Na época, o prazo para início das obras era fevereiro de 2015. Outra data que não foi cumprida.
Mais promessa: como compromisso de responsabilidade social, os empreendedores prometeram à prefeita Marcia Rosa que, preferencialmente, irão contratar mão de obra e corpo de funcionários via PAT Cubatão, além de realizarem compras e adquirirem insumos no comércio local. Por fim, sempre que necessário, o heliponto do centro comercial será disponibilizado para desembarque de pacientes da rede municipal de saúde.
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Contudo, nada destas promessas saem do papel sem o início das obras e o funcionamento efetivo do shopping na Cidade.
Para a Prefeitura, o novo empreendimento tem grande importância. “Além do impacto positivo na economia local, inclusive com a geração de milhares de empregos, o EcoPlaza prevê uma série de contrapartidas sociais por parte dos empreendedores”, explicou à Reportagem do DL.
Mais empreendimentos
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A Zona Noroeste de Santos e a cidade de Praia Grande também aguardam o início das construções de complexos comerciais prometidos pelo grupo. Em junho deste ano, o setor de Marketing da empresa Arias Invespar Investimentos e Participações informou que apenas Cubatão estava com a obra em andamento. “Praia Grande e Santos estão em fase de aprovação de plantas e projetos junto aos órgãos responsáveis”, explica.
Ainda segundo a empresa, em Cubatão, já foi construído o stand de vendas e parte dos muros do terreno. “A previsão de início de obras em Cubatão é para meados de novembro de 2015. O prazo para entrega é de 36 meses”. Ou seja, no final de 2018. A empresa explica ainda a ordem de entrega dos empreendimentos: primeiro o Eco Plaza Cubatão, depois o complexo de Praia Grande e, por último, o shopping da Zona Noroeste, em Santos.