Empreendimento prevê a construção de 60 unidades habitacionais, sendo 44 apartamentos e 16 casas térreas / Divulgação/PMS
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A construção do Parque Palafitas, em Santos, deu mais um passo nesta semana com o início da concretagem da primeira das sete lajes de apoio do projeto.
Localizado no bairro Bom Retiro, o empreendimento prevê a construção de 60 unidades habitacionais em uma área de 4 mil metros quadrados, sendo 44 apartamentos e 16 casas térreas. A iniciativa tem foco social e ambiental e busca revitalizar a maior favela sobre palafitas do país.
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As obras, coordenadas pela Prefeitura de Santos, seguem após a conclusão da instalação das redes hidráulica e elétrica. A primeira laje, de 674m², está sendo construída sobre a maré, com apoio de 49 estacas e blocos, e receberá 90m³ de concreto — o equivalente a 15 caminhões betoneira.
Nessa estrutura, serão erguidos um prédio com oito apartamentos e a sede da associação de moradores. De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), Fabrício Cardoso, a concretagem será concluída em 24 horas.
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No total, serão sete lajes, das quais quatro ficarão suspensas sobre a maré e três serão apoiadas no solo. As estruturas receberão, além de moradias, edificações comerciais e institucionais.
Ao todo, foram cravadas 212 estacas com profundidade de até 35 metros para sustentar as fundações. O entorno das lajes contará com guarda-corpo de 205 metros de extensão para garantir segurança.
A segunda e a terceira lajes serão as primeiras apoiadas no solo a serem construídas, ambas com 260m². Sobre elas, serão erguidos edifícios de quatro e três andares, respectivamente, totalizando 28 apartamentos.
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Já as lajes suspensas restantes terão finalidades variadas: duas servirão de base para casas térreas — uma delas com unidades adaptadas para pessoas com deficiência — e outra abrigará uma área comercial com edificações em formato de “L”. Uma das lajes, com 600m², será destinada exclusivamente para essa função.
O projeto utiliza a técnica de estaqueamento com laje, semelhante à aplicada em terminais portuários, e aposta na construção modular com unidades pré-fabricadas, o que torna o processo mais ágil e com menor impacto ambiental.
Segundo os engenheiros responsáveis pela obra, Nilson Barreiro, Ronald Lima e Carlos Barros, o novo núcleo habitacional contará com rede de água e esgoto, iluminação pública, áreas de lazer, espaços para regeneração do mangue, equipamentos públicos e infraestrutura de telecomunicações e combate a incêndio. Um píer flutuante também será instalado para embarque e desembarque de passageiros, nos moldes do existente na Ponte Edgard Perdigão, na Ponta da Praia.
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Cada apartamento terá 41,69m², com sala, dois quartos, cozinha integrada à lavanderia, banheiro e área de circulação. Já as casas térreas terão 48,06m², com sala de estar e jantar integradas, cozinha, área de serviço, dois quartos, banheiro e varanda. As construções utilizarão painéis de madeira laminada para manter a identidade visual da comunidade local.
Além das residências, o projeto contempla 309m² destinados a edificações institucionais e comerciais, como a sede da associação de moradores e dois prédios com sete salas comerciais. Algumas moradias localizadas à beira da maré foram removidas para abrir espaço a áreas de lazer e regeneração ambiental.
A execução das fundações e da superestrutura está a cargo da TMK Engenharia S.A., com investimento total de R$ 16,5 milhões — sendo R$ 12,3 milhões oriundos do Governo do Estado e o restante do orçamento municipal. Essa etapa tem prazo contratual até outubro.
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A construção das unidades habitacionais será feita pela Tecverde Engenharia S.A., com orçamento de R$ 12,6 milhões (R$ 9,3 milhões do Estado e o restante da Prefeitura), e deve ser concluída até fevereiro.