13 de Outubro de 2024 • 01:29
Salgadinho, refrigerante, bolacha recheada e bolinho. Qual é a criança ou adolescente que não consome uma dessas guloseimas diariamente? Pensando nisso, a Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, mantém o Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. O serviço é desenvolvido desde 1999 e há dois anos no Ambulatório de Referência e Especialidades (ARE). O Programa atende as normas do Ministério da Saúde.
A coordenadora do programa e nutricionista da rede municipal, Rosana Oliveira de Nóbrega, conta que, em 2014, o programa atendeu 1.416 pacientes, de 2 a 19 anos. “Todo paciente é assistido por uma equipe formada por pediatra, nutricionista, psicóloga e educador físico. É estimulado a manter uma alimentação saudável incluindo o consumo de hortaliças, verduras e frutas. Além de também praticar atividades físicas, essa é uma combinação de sucesso para um emagrecimento saudável” revela.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada três crianças, na faixa etária de cinco a nove anos, tem sobrepeso ou obesidade. A profissional alerta sobre o perigo dos quilos extras: “estes podem causar complicações para a criança até sua vida adulta. Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol são as principais que aparecem precocemente.”
A nutricionista explica que, para que o tratamento seja bem-sucedido, os pais e irmãos devem incentivar e principalmente participar das mudanças propostas. “Os responsáveis pelas escolhas alimentares devem optar por alimentos saudáveis, e prepará-los estando atento às medidas de sal e óleo”, explica.
Dylan dos Santos Souza tem 13 anos e está começando o tratamento. O adolescente conta que a maior dificuldade será mudar sua rotina e alimentação: “sei que será difícil, mas acredito que vou conseguir emagrecer. Não sentir mais vergonha e eliminar de vez esses quilos extras”
A mãe de Dylan, Maria Ivonete Araujo dos Santos, está mudando os hábitos da família para cooperar com o tratamento do filho. “Antes consumíamos refrigerante todos os dias, assim como também massa por várias vezes na semana. Cortei esses dois itens, e até meu marido e filho mais velho estão participando da reeducação alimentar. Sei que essas alterações resultarão em nova qualidade de vida para todos nós.”
Quem também está ingressando no programa é Andrew Lucas dos Santos Zacarias, de seis anos. O menino revela que adora bala, jujuba e chocolate branco, como a maioria das crianças de sua idade. Entretanto, a obesidade está interferindo em sua infância. “Adoro correr e brincar de pique-esconde, mas fico cansado e tenho que parar antes dos meus amigos”, conta.
Alessandra dos Santos Zacarias, mãe de Andrew, foi advertida por Rosana quando disse que o filho almoçava na escola, em casa e às vezes na casa da vó. “Agora, mandarei uma fruta e ele comerá apenas em casa, com a reeducação alimentar prescrita. Aprendi que lanches mais saudáveis e refeições leves, feitas de três em três horas, serão um bom começo para a perda de peso do meu filho e também qualidade de vida”, disse.
As crianças e adolescentes que precisam do serviço podem ser direcionados ao ARE por meio de uma consulta com pediatra, em uma Unidade Básica de Saúde, ou agendar avaliação no local. O ambulatório fica na avenida Marivaldo Fernandes, s/n – Vila Julia. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3355-5128.
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