Cotidiano
As reflexões do astrofísico britânico sobre tecnologia e ética ganham força em um momento em que a IA já redefine o trabalho, a ciência e a vida cotidiana.
Em 2025, com a IA já integrada ao cotidiano e a discussões éticas mais intensas do que nunca, o legado de Stephen Hawking permanece como um farol de lucidez em meio ao avanço tecnológico / Divulgação
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As reflexões do renomado astrofísico britânico Stephen Hawking continuam ecoando com força no mundo contemporâneo — especialmente quando o tema é Inteligência Artificial (IA). Entre suas previsões mais emblemáticas, destaca-se a visão sobre o ano de 2025, apontado por ele como um ponto de virada na história da humanidade, quando a IA atingiria um nível de desenvolvimento capaz de transformar profundamente a vida, o trabalho e as relações humanas.
Embora reconhecesse os benefícios da Inteligência Artificial em campos como medicina, pesquisa científica e indústria, Hawking nunca deixou de expor suas preocupações quanto aos riscos do avanço desenfreado da tecnologia.
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Ele alertava que, se não fosse adequadamente controlada, a IA poderia escapar ao domínio humano, levando a consequências imprevisíveis e potencialmente desastrosas. Sua análise se baseava na observação dos rápidos progressos em aprendizado de máquina, robótica e automação, que já começavam a se integrar à economia global em sua época.
“O desenvolvimento de uma inteligência artificial completa poderia significar o fim da raça humana”, declarou em 2014, numa de suas frases mais emblemáticas sobre o tema.
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Um dos pontos mais notáveis de sua previsão dizia respeito ao mercado de trabalho. Hawking acreditava que a ascensão das máquinas inteligentes eliminaria ou transformaria radicalmente diversas profissões tradicionais, exigindo novas habilidades e políticas de emprego mais adaptadas à era digital.
O cientista defendia que os governos deveriam redistribuir trabalho e renda para mitigar os efeitos da automação e evitar um aumento da desigualdade social.
Em 2025, com a explosão do uso de IA em setores como finanças, marketing, transporte e atendimento, o alerta de Hawking soa mais atual do que nunca. Empresas investem bilhões em robótica e automação, enquanto países discutem formas de equilibrar inovação e emprego.
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Hawking também foi um dos primeiros cientistas a defender a criação de regras globais para o uso ético e seguro da inteligência artificial, com especial preocupação para o desenvolvimento de sistemas autônomos militares.
Para ele, apenas uma cooperação internacional robusta poderia impedir que a IA se tornasse uma ferramenta de destruição ou manipulação em larga escala.
Hoje, à medida que órgãos reguladores e acordos internacionais começam a ser formados — como os marcos legais de IA na União Europeia e no Brasil —, suas palavras revelam-se profeticamente precisas.
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Hawking via a IA como um instrumento ambivalente: poderia tanto salvar o planeta quanto pôr em risco a humanidade. Ele acreditava que, se usada com responsabilidade, a tecnologia seria essencial para resolver crises globais, como as mudanças climáticas, a fome e as doenças.
Mas advertia: sem sabedoria e controle, a mesma ferramenta poderia se voltar contra nós.
Em 2025, com a IA já integrada ao cotidiano e a discussões éticas mais intensas do que nunca, o legado de Stephen Hawking permanece como um farol de lucidez em meio ao avanço tecnológico, lembrando que o futuro da inteligência artificial — e da própria humanidade — depende, acima de tudo, de nossas escolhas.
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