A AEMPS recomendou que os pacientes interrompam imediatamente o uso do produto e realizem o descarte adequado / Divulgação/AEMPS
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A Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS) anunciou nesta semana o recolhimento do enxaguante bucal Caphosol, após a detecção de uma possível alteração no pH da fórmula. A mudança pode comprometer tanto a eficácia quanto a segurança do produto, utilizado no tratamento de pacientes oncológicos.
De acordo com comunicado oficial, a fabricante Recordati Netherlands B.V. identificou que um dos componentes do enxaguante não atende aos padrões de qualidade exigidos.
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O caso não é raro. Neste mês, famosa marca de iogurte retirou produtos do mercado após contaminação.
Indicado para a prevenção e tratamento da mucosite, inflamação comum em pacientes submetidos à quimioterapia ou radioterapia, o Caphosol é comercializado em duas partes, em sachês identificados como Caphosol A e B, que devem ser misturados antes do uso.
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A AEMPS recomendou que os pacientes interrompam imediatamente o uso do produto e realizem o descarte adequado. Profissionais de saúde também foram orientados a não prescrevê-lo a novos pacientes e a suspender seu uso em tratamentos em andamento. Já as farmácias devem verificar estoques, isolar o produto e acionar os distribuidores.
O caso liga um sinal de alerta, especialmente porque o Caphosol é amplamente utilizado no alívio da mucosite, condição dolorosa que afeta a boca e a garganta de pacientes em tratamento contra o câncer. A retirada do produto do mercado ressalta a importância do controle rigoroso de qualidade em medicamentos destinados a grupos vulneráveis.