Cotidiano

Presidente da Síria reaparece em público e promete vencer guerra civil

A fala ocorre em um momento bastante delicado, já que os EUA e agora a Turquia começaram a promover ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 26/07/2015 às 15:42

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O presidente da Síria, Bashar al-Assad, fez seu primeiro discurso público após quase um e prometeu vencer a guerra civil que assola o país há mais de quatro anos e que já deixou mais de 230 mil mortos, além de 4 milhões de refugiados. A fala ocorre em um momento bastante delicado, já que os EUA e agora a Turquia começaram a promover ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico em território sírio.

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O discurso foi proferido para autoridades locais na capital, Damasco, e transmitido pela emissora estatal de televisão. "Nós não estamos em colapso. Nós estamos firmes e vamos atingir a vitória. Derrota é uma palavra que não existe no dicionário do Exército sírio", afirmou durante seu pronunciamento, no qual foi interrompido por aplausos diversas vezes. Embora tenha dado entrevistas para emissoras árabes recentemente, esse é o primeiro discurso público de Assad desde que ele tomou posse para um terceiro mandato de sete anos, em julho do ano passado.

Bashar al-Assad prometeu vencer a guerra civil (Foto: Divulgação)

Assad tentou justificar o fato de o Exército ter perdido o controle de partes do território sírio, afirmando que era necessário determinar áreas específicas para a atuação das forças armadas. "A preocupação com nossos soldados nos forçou a abrir mão de algumas regiões. Mas cada centímetro da Síria é precioso", afirmou. Assad e seus aliados, incluindo o grupo libanês Hezbollah e conselheiros iranianos, controlam menos de metade do país, que tem 185 mil quilômetros quadrados de área.

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Ontem, o governo havia anunciado uma anistia geral para desertores do Exército e pessoas que estavam escapando do serviço militar obrigatório. Assad já havia concedido benefícios semelhantes para criminosos, mas nunca libertou nenhum dos milhares de presos políticos. Segundo ele, seu governo não queria a guerra, mas foi arrastado para o conflito por "terroristas", que é como ele se refere a seus opositores.

Falando sobre possíveis negociações diplomáticas, Assad disse que qualquer iniciativa que não seja baseada no combate ao "terrorismo" será "vazia e sem sentido".

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