Cotidiano
Anderson Pomini antecipou que as oportunidades de trabalho e moradia temporárias ficarão sob responsabilidade das empresas contratadas
Giovanna Camiotto
Publicado em 18/09/2025 às 17:16
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Anderson Pomini, presidente da APS, garante a realização do leilão do túnel / Isabella Fernandes/Diário do Litoral
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O presidente da APS, Anderson Pomini, realizou uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18) para comentar e esclarecer as obras previstas para o Porto de Santos. No bate-papo, ele reforçou o compromisso governamental com a qualidade de vida da comunidade local. "O porto nunca esteve tão de portas abertas como está agora", afirmou.
Pomini afirmou que o Porto trabalha com um planejamento visionário, que estuda o cenário portuário cerca de "20 anos para frente para suportar o aumento de cargas" que virá com as obras, como o aprofundamento do canal e a recuperação estrutural de pontilhões.
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É importante citar que, somente em agosto de 2025, o Porto de Santos ultrapassou seus próprios recordes de movimentação de cargas e locomoção de contêineres - apesar das tarifas impostas sob produtos brasileiros pelos Estados Unidos.
“Os dados demonstram que o mês de agosto foi de superação do cenário internacional adverso e apontam para uma consolidação de um ano histórico para o setor. Fruto do trabalho conjunto dos portuários, empresas e terminais, e dos esforços diplomáticos do governo federal e do setor produtivo”, avaliou o presidente.
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Questionado pelo Diário do Litoral, Pomini explicou que as futuras obras portuários vão gerar capacitação de funcionários e a possibilidade de moradia temporária em municípios como Cubatão e São Vicente. As questões ficaram sob responsabilidade de cada empresa contratante, que responderá diretamente ao Porto. Dentre as oportunidades, serão "mais de cinco mil empregos somente no Túnel Santos-Guarujá".
Além disso, o presidente lembrou que o Porto reabriu recentemente um concurso público com mais de 200 aprovados para trabalhar na equipe. Ele ainda cita que, embora Santos ofereça a menor mão de obra portuária, é a mais qualificada e com alto desempenho do mundo.
Nesta semana, a Autoridade Portuária de Santos (APS) assinou um termo de compromisso que viabiliza a construção da nova sede da Delegacia de Polícia Federal em Santos (DPF/STS/SP). No acordo, incluiu o empreendimento no Caderno de Investimentos, destinando R$ 50 milhões para execução da obra. Somado a um compromisso anterior de R$ 8 milhões, o investimento totaliza R$ 58 milhões, assegurando o custeio do projeto conceitual elaborado pela Polícia Federal.
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O projeto prevê 10 andares e integrará, no mesmo complexo, todas as unidades da Delegacia de Polícia Federal, otimizando a atuação operacional. O presidente da APS explicou que a localização estratégica dentro do Porto de Santos permitirá resposta mais ágil a incidentes e operações em alto-mar, além de que fornecerá respostas internacionais sobre a atuação no combate ao crime organizado e contrabandos.
A APS também se comprometeu com a instalação do Comitê Regional Permanente de Monitoramento de Impactos Ambientais, que surge com a finalidade de acompanhar, avaliar e propor medidas relacionadas aos impactos socioambientais decorrentes do empreendimento Túnel Santos-Guarujá. Conforme o presidente, o órgão servirá como um suporte local para as comunidades do entorno durante toda a execução da obra.
“Até que o túnel esteja entregue, funcionando, a APS irá acompanhar, junto com os outros órgãos, todo o reflexo da obra na vida dos moradores e das demais pessoas que passam pelo Porto de Santos”, garantiu Pomini, lembrando que a Prefeitura de Guarujá realocou mais de mil famílias, que viviam em palafitas no Complexo da Prainha, para unidades habitacionais no Parque da Montanha.
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Para além das construções, a APS também se prepara para o leilão do novo terminal do porto de Santos, "Tecon 10", que será o maior da história portuária do Brasil. O megaprojeto visa expandir a capacidade de movimentação em até 50% do fluxo de cargas no Porto.
Futuramente, o Porto ainda deverá aderir ao uso do "Gêmeo Digital", algo que permitirá a automação e a simulação de prováveis ações climáticas ou de ativações no complexo portuário. A internet 5G também chegará para facilitar a comunicação entre o porto e embarcações.
