Cotidiano

Preparar o cházinho da vovó com gengibre alivia náuseas e mal-estar estomacal

As pesquisas mostram que o gengibre é seguro e eficaz para combater enjoos na gravidez e em pacientes de quimioterapia

Giovanna Camiotto

Publicado em 25/11/2025 às 22:35

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Estudo mostra como o gengibre pode reduzir inflamações, náuseas e cólicas / Freepik

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O gengibre é um dos remédios naturais mais antigos e popularmente reconhecidos para tratar desconfortos digestivos. Usado há séculos em diferentes culturas, ele segue sendo um dos suplementos mais vendidos atualmente. Mas, afinal, o que a ciência diz sobre a famosa "receita de vó"?

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Segundo especialistas consultados pelo The New York Times, a evidência científica sobre o gengibre é limitada, mas aponta para um consenso: o ingrediente é seguro e eficaz para aliviar certos tipos de náuseas e vômitos.

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Como o gengibre age no corpo

O potencial terapêutico do gengibre vem de dois compostos ativos: gingerol e shogaol. A pesquisadora da Universidade Tecnológica de Queensland (Austrália), Megan Crichton, explica que essas substâncias podem bloquear as vias neurológicas que desencadeiam as náuseas, atuando no intestino e no cérebro. Em outras palavras, evitam que o "centro do vômito" seja ativado.

O Dr. Keshab Paudel, médico e farmacólogo, aponta outra via de ação preliminar: o gengibre pode acelerar o esvaziamento gástrico, o que ajuda a reduzir a sensação de mal-estar em alguns pacientes.

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O gengibre, graças aos compostos gingerol e shogaol, pode ajudar a bloquear as vias neurológicas que causam náuseas no cérebro e no intestino/Pexels
O gengibre, graças aos compostos gingerol e shogaol, pode ajudar a bloquear as vias neurológicas que causam náuseas no cérebro e no intestino/Pexels
Estudos mostram que o consumo de 500 a 1500 mg de gengibre por dia pode trazer alívio significativo para a sensação de náusea em mulheres grávidas/Pexels
Estudos mostram que o consumo de 500 a 1500 mg de gengibre por dia pode trazer alívio significativo para a sensação de náusea em mulheres grávidas/Pexels
Pesquisas indicam que pacientes em tratamento que consumiram 1200 mg de gengibre em pó experimentaram menos náuseas do que aqueles que receberam placebo/Pexels
Pesquisas indicam que pacientes em tratamento que consumiram 1200 mg de gengibre em pó experimentaram menos náuseas do que aqueles que receberam placebo/Pexels
O gengibre é um dos remédios naturais mais antigos para o sistema digestivo. Sua ação também é investigada por acelerar o esvaziamento gástrico e reduzir o mal-estar/Pexels
O gengibre é um dos remédios naturais mais antigos para o sistema digestivo. Sua ação também é investigada por acelerar o esvaziamento gástrico e reduzir o mal-estar/Pexels
A maior parte dos estudos sobre a eficácia do gengibre utiliza pó da raiz seca em cápsulas. Se for usar a raiz fresca, o efeito pode ser diferente, mas é seguro para usos cotidianos/Pexels
A maior parte dos estudos sobre a eficácia do gengibre utiliza pó da raiz seca em cápsulas. Se for usar a raiz fresca, o efeito pode ser diferente, mas é seguro para usos cotidianos/Pexels

Eficácia comprovada em três casos

Os estudos mais robustos utilizaram suplementos de pó de raiz de gengibre seca, e a eficácia foi observada principalmente em três grupos:

  • Gravidez: Mulheres grávidas que consumiram entre 500 e 1500 mg de gengibre por dia relataram uma melhora significativa na sensação de náusea.
     
  • Quimioterapia: Pacientes que consumiram 1200 mg de gengibre em pó por dia, durante e após o tratamento, experimentaram menos náuseas do que aqueles que receberam placebo.
     
  • Pós-operatório: Estudos preliminares também documentaram alívio de náuseas em pacientes após cirurgias.

Mas... a ciência ainda é inconclusiva

Apesar do uso tradicional, os especialistas alertam que ainda falta pesquisa sólida para comprovar a eficácia do gengibre em casos comuns como: ressaca, indigestão funcional, gastroenterite, mareio por movimento ou Síndrome do Intestino Irritável. Nesses casos, a evidência é limitada a relatos anedóticos.

Embora o gengibre seja popularmente consumido em chás, infusões e caramelos, a maioria dos estudos se baseia no pó de raiz seca em cápsulas, o que facilita o controle preciso da dose terapêutica.

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