Estudo mostra como o gengibre pode reduzir inflamações, náuseas e cólicas / Freepik
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O gengibre é um dos remédios naturais mais antigos e popularmente reconhecidos para tratar desconfortos digestivos. Usado há séculos em diferentes culturas, ele segue sendo um dos suplementos mais vendidos atualmente. Mas, afinal, o que a ciência diz sobre a famosa "receita de vó"?
Segundo especialistas consultados pelo The New York Times, a evidência científica sobre o gengibre é limitada, mas aponta para um consenso: o ingrediente é seguro e eficaz para aliviar certos tipos de náuseas e vômitos.
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O potencial terapêutico do gengibre vem de dois compostos ativos: gingerol e shogaol. A pesquisadora da Universidade Tecnológica de Queensland (Austrália), Megan Crichton, explica que essas substâncias podem bloquear as vias neurológicas que desencadeiam as náuseas, atuando no intestino e no cérebro. Em outras palavras, evitam que o "centro do vômito" seja ativado.
O Dr. Keshab Paudel, médico e farmacólogo, aponta outra via de ação preliminar: o gengibre pode acelerar o esvaziamento gástrico, o que ajuda a reduzir a sensação de mal-estar em alguns pacientes.
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Os estudos mais robustos utilizaram suplementos de pó de raiz de gengibre seca, e a eficácia foi observada principalmente em três grupos:
Apesar do uso tradicional, os especialistas alertam que ainda falta pesquisa sólida para comprovar a eficácia do gengibre em casos comuns como: ressaca, indigestão funcional, gastroenterite, mareio por movimento ou Síndrome do Intestino Irritável. Nesses casos, a evidência é limitada a relatos anedóticos.
Embora o gengibre seja popularmente consumido em chás, infusões e caramelos, a maioria dos estudos se baseia no pó de raiz seca em cápsulas, o que facilita o controle preciso da dose terapêutica.
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