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Prefeitura de Cubatão e empresários do Largo do Sapo chegaram a um acordo sobre o tráfego de caminhões no local com uma solução paliativa para o problema. Em reunião realizada ontem à tarde no gabinete da prefeita Márcia Rosa de Mendonça Silva, ficou decidido que a proibição do tráfego de veículos pesados será restrita aos horários de pico no Largo e uma comissão composta por empresários e técnicos da Prefeitura será criada para discutir a implantação de uma rota alternativa provisória
Em contrapartida a Prefeitura deverá elaborar um planejamento junto ao Governo do Estado e União para a viabilização de uma via de acesso definitiva que atenda a demanda de veículos pesados dessas transportadoras sediadas naquela região.
A solução paliativa parece ter acalmado os ânimos dos empresários após algumas semanas de conflitos com o poder público. Vereadores da base governista e oposicionista também participaram da reunião. De um lado empresários e a Comissão de Desenvolvimento de Cubatão e Região temiam prejuízos e demissões.
De outro, a Prefeitura alegava que o decreto que vetava a circulação de caminhões totalmente pelo Largo do Sapo tinha o propósito de preservar os imóveis tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Cubatão (Condepac).
“Não estamos em trincheiras opostas. Não é o governo contra os empresários ou os empresários contra o governo. Nós temos problemas de gargalos logísticos muito graves no nosso Município”, esclareceu a prefeita Márcia Rosa à imprensa após o término da reunião.
A prefeita explicou que a proibição será flexibilizada, ou seja, o tráfego de caminhões fica proibido somente nos horários de pico, das 7 às 8h30 e das 16h30 às 18h30. A nova medida entra em vigor hoje com a publicação de novo decreto. O decreto anterior foi assinado no último dia 8 e entrou em vigor no dia seguinte.
“São horários muito complicados aqui na nossa Cidade”, afirmou mencionando a concentração de veículos nos horários de pico. Já aos empresários interessados caberá elaborar um projeto para a construção de uma via de acesso alternativa para os caminhões num prazo de 30 dias.
O projeto deverá ser apresentado e discutido com técnicos da Prefeitura. Possíveis custos serão pagos pelos empresários.
Cota de sacrifício
O empresário Sérgio Thomaz, proprietário da transportadora MTF, afirmou que a contribuição das empresas será não operar nos horários estabelecidos e classificou o aceite como “cota de sacrifício”, enquanto esperam pela solução definitiva.
Segundo o empresário, cerca de 150 caminhões trafegam diariamente pelo local, operando 24 horas junto às transportadoras. “É uma medida paliativa e nós vamos apresentar uma solução para que isso não volte a ocorrer e a gente possa trabalhar normalmente. Nós vamos estudar a viabilidade desse paliativo.
Essa é uma das alternativas. A solução definitiva é dar um novo acesso que está sendo discutido entre a Prefeitura, Governo do Estado e União”, afirmou.
75 dias para rota alternativa
O superintendente da Companhia Municipal de Trânsito de Cubatão (CMT), Silvano da Silva Lacerda, explicou que “já existe um traçado preliminar para o acesso definitivo e ele não está comportado dentro da zona urbana da Cidade”, e esclareceu que o itinerário alternativo “é realmente provisório”.
Segundo ele, a rota alternativa está a 25 metros de distância do perímetro dos imóveis tombados do Largo do Sapo.”Envolve do posto de GNV atual e o posto de GNV desativado. O acesso de entrada e saída é pela Avenida 9 de Abril e faz uma conversão suave até a Rua José Vicente”, afirmou.
Mas ressaltou que o projeto da rota alternativa ainda é preliminar e será desenvolvido. “Esse traçado ainda é preliminar, então será dado um prazo de 30 dias para o desenvolvimento do projeto definitivo desta proposta alternativa e mais uns 45 dias para a implementação da mesma”.
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