Os primeiros 100 dias dos prefeitos eleitos e reeleitos na Baixada Santista foram marcados pelos reflexos da crise econômica financeira / Rodrigo Montaldi/DL
Continua depois da publicidade
Greve no funcionalismo público, manifestações, recuos em propostas e medidas emergenciais para conter o colapso em setores essenciais da Administração Pública. Os primeiros 100 dias dos prefeitos eleitos e reeleitos na Baixada Santista foram marcados pelos reflexos da crise econômica financeira e medidas questionadas pelos munícipes para garantir a austeridade fiscal.
Em greve histórica desde o dia 9 de março, os servidores de Santos pedem reajuste acima da inflação, proposta negada pela Administração Municipal, que aponta restrições orçamentárias como motivo para a impossibilidade de conceder o aumento. A greve geral é a maior dos últimos 22 anos na cidade e promoveu diversos atos públicos, sendo o maior deles uma caminhada que bloqueou os dois sentidos da Avenida Ana Costa.
Continua depois da publicidade
Centenas de servidores municipais de Cubatão também protestam desde o dia 28 contra um pacote de medidas para redução da folha de pagamento. A forte repressão policial registrada no primeiro dia da greve – data em que os vereadores aprovaram o pacote na Câmara – culminou com servidores e profissionais de imprensa feridos. Desde o episódio diversos atos de protesto e encenações artísticas estão acontecendo na cidade.
Em São Vicente, munícipes protestaram contra criação a criação de 15 novos cargos, medida que acarretaria em um aumento de 26% nos gastos do Legislativo. Professores também fizeram paralisação de um dia motivada pela proposta zero de aumento salarial e o atraso no pagamento de férias e abono. No início de janeiro o prefeito aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLC) que colocou a situação financeira do Município em estado de calamidade pública.
Continua depois da publicidade
Já Guarujá decretou situação de emergência na saúde no começo de janeiro, o que possibilitou melhorias significativas para a pasta.
Em Bertioga o funcionalismo público não descarta a hipótese de decretar estado de greve por conta do reajuste.