09 de Setembro de 2024 • 08:30
O diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítimas do Estado instruiu as empresas a anteciparem as solicitações de livre prática dentro de 72 horas para mitigar os impactos / Nair Bueno/Diário do Litoral
Entidades que trabalham no Porto de Santos estão em alerta após Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação anunciar uma paralisação de 48 horas da categoria nos dias 31 de julho e 1° de agosto.
O diretor do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos e Região, Hugo Evangelista, acredita que essa paralisação pode ocasionar uma sobrecarga no complexo portuário e que a capacidade operacional dos terminais será impactada.
Ele ressaltou que sem a liberação de mercadoria, os despachantes não podem seguir com o desembaraço da carga.
O diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítimas do Estado, José Roque, instruiu as empresas a anteciparem as solicitações de livre prática dentro de 72 horas para mitigar os impactos.
Ele afirma que a maior dificuldade será para navios que precisam de inspeção sanitária de bordo, que são agendadas no sistema Porto Sem Papel e realizadas com navio atracado.
Roque solicitou à Gerência de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados e ao Supervisor da Anvisa que permita que o certificado seja emitido remotamente aos navios sem doença a bordo.
O especialista em Comércio Exterior e diretor da AGL Cargo, Jackson Campos, afirma que muitas cargas ficarão presas no Porto esperando fiscalização, o que pode representar um represamento de contêineres.
Ele avalia que os terminais de Santos tenham capacidade para aguentar dois dias de paralisação. Mas que esses custos extras serão repassados para o consumidor no produto.
A Autoridade Portuária de Santos informou que não comenta sobre as relações de trabalho entre os demais entes do Porto e seus colaboradores.
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