O presidente Donald Trump em discurso recente na Casa Branca / Reuters/Agência Brasil
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O governo dos Estados Unidos sob Donald Trump optou por não enviar uma delegação oficial à COP 30, marcada para novembro em Belém, no Pará. A decisão é sustentada por diversos fatores, conforme apurado por veículos internacionais.
A recusa do governo de Donald Trump em participar da COP 30 está diretamente relacionada à sua visão contrária aos acordos climáticos multilaterais. Durante sua presidência anterior, Trump já havia retirado os Estados Unidos do Acordo de Paris, afirmando que as metas climáticas colocavam uma carga injusta sobre a economia americana e favoreciam países como a China.
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Essa postura reaparece agora, com o argumento de que grandes compromissos ambientais prejudicariam setores estratégicos, como energia, agricultura e indústria pesada.
Outro fator central é a defesa explícita dos combustíveis fósseis, visto que Trump mantém forte aliança com empresas de petróleo, gás e carvão, e tem prometido retomar a expansão desses setores.
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A participação na COP 30, marcada por metas de transição energética, entraria em conflito com essa agenda. Para sua base política, o discurso contra políticas ambientais globais reforça a ideia de soberania nacional e proteção de empregos tradicionais.
Há ainda o cálculo político. O eleitorado conservador que sustenta Trump costuma ver conferências internacionais como espaços dominados por elites progressistas e organizações multilaterais. Ao recusar o evento, Trump reforça sua imagem de enfrentamento ao “globalismo” e se distancia de políticas vistas como parte da agenda ambiental contemporânea.
Especialistas também apontam que a participação em conferências climáticas envolve assumir metas e prazos, o que vai na contramão da proposta trumpista de afrouxamento regulatório. Assim, a ausência na COP 30 não é apenas conjuntural: é coerente com uma estratégia política e econômica voltada para o fortalecimento do setor fóssil e da autonomia nacional na formulação de políticas ambientais.
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