As pessoas nascidas entre as décadas de 1950 e 1970 tendem a serem mais equilibradas / Gemini
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Um fenômeno curioso tem chamado a atenção de psicólogos e pesquisadores. É que as pessoas nascidas entre as décadas de 1950 e 1970 estão vivenciando o que a ciência chama de "pico" de bem-estar emocional. Esse estado de plenitude as diferencia drasticamente das gerações mais novas, como a Gen Z e a Geração Alfa, que registram níveis recordes de estresse e ansiedade.
O segredo dessa estabilidade parece estar na combinação entre o contexto em que cresceram e a forma como o cérebro amadurece após os 60 anos. Especialistas apontam que quem se formou em um mundo com menos estímulos externos e telas desenvolveu habilidades que hoje estão em falta, como a paciência, a tolerância à frustração e a criatividade que nasce do tédio.
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Diferente dos jovens, que lidam com bombardeios constantes de informação, as pessoas que hoje estão na casa dos 60 e 70 anos tendem a tomar decisões a partir de uma posição muito mais reflexiva e calma. Estudos científicos recentes mostram que essa faixa etária representa um ápice de competência social, algo que as gerações conectadas, paradoxalmente, estão perdendo.
A psicologia explica que traços de personalidade como a amabilidade e a abertura ao novo tendem a melhorar com o passar do tempo. Além disso, a estabilidade emocional aumenta porque o neuroticismo, a tendência a sentimentos negativos e tensão, cai drasticamente com a idade. Isso traz uma paz de espírito que blinda esses indivíduos contra as pressões sociais.
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Outro fator crucial é a chamada resiliência relacional: os mais velhos aprenderam a dar menos importância ao que os outros pensam, fazendo com que sua felicidade dependa menos da validação externa e mais da sua própria autonomia.
Enquanto a saúde mental de jovens entre 18 e 24 anos se deteriorou notavelmente nos últimos anos, os maiores de 65 se mantêm estáveis e protegidos psicologicamente por normas de envelhecimento ativo. Essa diferença geracional acende um alerta sobre o impacto da tecnologia e da oferta infinita de entretenimento na formação da mente humana.
No fim das contas, a geração que viu o mundo mudar radicalmente parece ter herdado uma força mental que as telas ainda não conseguiram replicar, provando que o tempo, muitas vezes, é o melhor aliado da saúde emocional.
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