25 de Abril de 2024 • 19:25
Os usuários do transporte público de Cubatão não ficaram felizes com o aumento da tarifa, anunciado na última quinta-feira pela Prefeitura. Dos pontos de ônibus da Cidade aos grupos nas redes sociais, não se fala em outra coisa.
Para o motorista Adeilzo Alves dos Santos, morador do Jardim Nova República, o aumento é um absurdo. “Sempre tem reajuste, mas desta vez aumentou demais. Se eu precisar ir ao Casqueiro, vou ter que pagar R$ 3,10? É demais”, reclama.
Já para o estudante Nilson Fernando, o serviço oferecido não vale o aumento. “A qualidade não é boa, não merece aumento. Já estou me adiantando e comprando passes para não ficar no prejuízo depois”, comenta. O amigo, também estudante, Lucas Teles, concorda: “Vamos pagar quase o mesmo que a tarifa para Santos”, completa.
Já a recepcionista Amanda Vieira acha que a Cidade é pequena para uma tarifa tão alta. “Só tem uma avenida. Quem precisar ir do Centro até a Vila Nova, por exemplo, vai pagar quase o que paga para ir a Santos. É um assalto”, questiona.
Reajuste
A partir da zero hora deste domingo (20), a tarifa da Viação Trans- Líder, empresa concessionária do transporte coletivo de Cubatão, será reajustada para R$ 3,10. A tarifa do transporte alternativo, conhecido popularmente como lotação, também será reajustada para o mesmo valor.
Segundo a Prefeitura, a CMT contratou auditoria especializada para analisar o pedido de aumento feito pela concessionária. O relatório dessa análise técnica concluiu que as tarifas já estavam defasadas, pois não sofreram reajuste desde março de 2011.
“Neste ponto, começamos a negociar o valor do reajuste com a empresa e, por determinação da prefeita, chegamos a um valor menor que o proposto pela análise técnica, que era de R$ 3,62. O valor final ficou R$ 3,45, sendo R$ 3,10 de tarifa para o usuário, mais os R$ 0,35 subsidiados pela Prefeitura”, explicou o superintendente da CMT, Marco Fernando Cruz. Antes, o valor do subsídio era de R$ 0,75. Segundo a Administração Municipal, a redução é uma medida para enfrentar a queda de arrecadação que o município sofre desde o ano passado.
“Conseguimos, por quase dois anos, manter a mesma tarifa porque tínhamos um subsídio que mantinha o preço, mas a crise financeira que atinge o Município nos obriga a diminuir o valor do subsídio. Porém, ao mesmo tempo, o Poder Público não poderia repassar todo esse ônus tarifário para o passageiro. Chegou-se ao consenso que o valor de R$ 0,35 de subsídio equilibraria toda esta conta e manteria a qualidade do transporte na cidade”, argumenta Cruz.
Santos
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