São Paulo enfrenta uma redução no número de crianças / Pixabay
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Um estudo da Fundação Seade mostra que o estado de São Paulo enfrenta uma redução no número de crianças, refletindo uma sociedade cada vez mais envelhecida. Segundo a pesquisa, o período de crescimento acelerado da população com até 10 anos, entre 1950 e 1980, deu lugar a uma desaceleração que se intensificou nas décadas seguintes. Em 1991, a população infantil chegou a 6,43 milhões; em 2024, o número deve cair para 5 milhões.
“Esses dados são importantes pois orientam políticas públicas essenciais, como campanhas de vacinação, planejamento de vagas em creches e escolas e ações voltadas à infância”, afirma Bernadete Waldvogel, pesquisadora da Fundação Seade.
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A proporção de crianças na população paulista também diminuiu significativamente. Em 1960, representavam 27,4% dos habitantes; em 1980, 23,6%; e, em 2024, devem corresponder a apenas 11,5%, metade da participação de quatro décadas atrás. O fenômeno reflete o envelhecimento populacional, com queda na fecundidade e aumento da expectativa de vida.
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A pesquisa revela ainda diferenças regionais. Em 2000, apenas três municípios tinham menos de 12% de crianças: São Caetano do Sul (11,0%), Santa Salete (11,8%) e Águas de São Pedro (11,9%).
Por outro lado, Bom Sucesso de Itararé (26,8%), Ribeirão Branco (26,2%) e Nova Campina (25,7%) apresentavam os maiores percentuais. Em 2024, nenhum município paulista supera 16%.
Nesse sentido, os maiores índices estão em Mombuca (15,8%), Narandiba (15,1%) e Bom Sucesso de Itararé (15,07%), enquanto Balbinos (3,8%), Lavínia (4,9%) e Pracinha (6,0%) registram os menores, impactados pela presença de presídios.
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Considerando municípios sem instalação de presídios, as menores participações são Águas de São Pedro (7,7%) e Nova Canaã Paulista (8,0%). No total, 287 municípios ficam abaixo da média estadual e 358 acima.
Apesar da redução geral, o sul do estado mantém as maiores proporções de crianças, ainda que inferiores às de duas décadas atrás. O estudo evidencia uma tendência consolidada de envelhecimento populacional, que exige planejamento cuidadoso de políticas públicas voltadas à infância.