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Cotidiano

PM filma 'rolezinho' para identificar 'vândalos'

O objetivo é fazer um banco de dados que facilite a identificação - e a responsabilização - dos ativistas no caso de os protestos terminarem em atos de vandalismo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 21/01/2014 às 20:00

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Agentes da Coordenadoria de Inteligência (CI) da Polícia Militar filmaram e fotografaram os manifestantes que compareceram ao "rolezinho" no último domingo, 19, no Shopping Leblon, na zona sul do Rio. O objetivo é fazer um banco de dados que facilite a identificação - e a responsabilização - dos ativistas no caso de os protestos terminarem em atos de vandalismo. As imagens feitas pelos PMs serão compartilhadas com a Polícia Civil e o Ministério Público, que já investigam vândalos que participaram das manifestações no ano passado. À paisana, os PMs se misturaram aos presentes no "rolezinho" para conseguir filmar e fotografar os rostos dos manifestantes de perto.

O perfil "Porque eu quis" no Facebook convocou um novo "rolezinho" no Shopping Leblon, um dos mais luxuosos da cidade, para o próximo domingo, 26, às 16h20. O ponto de encontro será a praça de alimentação do shopping. Até o fim da tarde desta terça-feira, 21, o evento tinha quase 600 confirmações de presença.

A PM filmará os 'rolezinhos' para identificar os 'vândalos' (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)

O "rolezinho" do último domingo não aconteceu no interior do estabelecimento porque a direção decidiu não abrir as portas. A atitude foi tomada depois que o movimento Habeas Corpus, de advogados voluntários, conseguiu no plantão judiciário de sábado um salvo conduto coletivo para os integrantes do grupo "Porque eu quis". A medida foi concedida pela desembargadora Regina Lucia Passos, que estava de plantão, para que fosse garantido "o livre direito de acesso e livre manifestação do pensamento em local aberto ao público". Na quinta-feira, 16, o shopping havia conseguido liminar na 14ª Vara Cível que proibia a realização do "rolezinho" em suas dependências.

O evento de domingo passado tinha mais de 9 mil confirmações no Facebook, mas apenas cerca de 50 pessoas compareceram. Impedidos de entrar no shopping, os ativistas realizaram um baile funk na calçada da Avenida Afrânio de Melo Franco, com direito a churrasco numa grelha improvisada. À noite, parte do grupo se dirigiu à Praia de Ipanema, onde assistiu a um show em tributo a Cazuza.

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