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Pessoas que têm na bicicleta o seu principal meio de transporte contam com 19 quilômetros de ciclovia em Santos, porém solucionada a questão do tráfego, ainda enfrentam um problema: não ter onde deixar o veículo e, conseqüentemente, o risco de furto. Um Projeto de Lei Complementar que dispõe sobre a instalação de bicicletários na Cidade será discutido e votado na sessão de hoje, da Câmara de Santos.
O autor da propositura, que também é presidente da Comissão Especial de Vereadores que trata do assunto, vereador Braz Antunes, afirmou que os bicicletários são infra-estrutura necessária ao sistema cicloviário da Cidade para atender aos ciclistas. “Como incentivaremos o uso da bicicleta só com a ciclovia, precisa ter bicicletário. As pessoas precisam de um lugar fechado e seguro para deixar suas bicicletas”, afirmou.
Braz defende que o estacionamento para bicicletas é tão indispensável quanto os de carros e motos. O PLC estabelece a instalação de bicicletários em equipamentos públicos culturais, educacionais, de lazer ou de parques, praças, estação rodoviária, Terminal do Valongo, estação das barcas, balsas, postos de salvamento, Paço Municipal e Câmara de Vereadores, shoppings centers, supermercados, estabelecimentos de ensino e praças esportivas.
Para o presidente da Associação Brasileira de Ciclistas (ABC), Jessé Teixeira Felix, a implantação de bicicletários e paraciclos é “para ontem”. Na última terça-feira, Jessé entregou ao prefeito João Paulo Tavares Papa e ao secretário de Planejamento do Município Bechara Abdalla Pestana Neves o projeto do sistema cicloviário municipal de Santos, que prevê entre outras coisas a instalação de bicicletários municipais.
“A demanda de pessoas que utilizam a bicicleta na Cidade é cada vez maior e, por isso, é preciso implantar o quanto antes o sistema cicloviário municipal em Santos que é a cidade receptora de ciclistas da Região”.
Segundo Jessé, diariamente Santos recebe cerca de 60 mil ciclistas vindos do sentido São Vicente e 40 mil, de Guarujá, nos horários de pico das 6 às 9 horas e das 16h30 às 19 horas. “80% são trabalhadores que vêm de São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe para trabalhar em Santos.
A maioria é de trabalhadores da construção civil. Além disso, desde que iniciamos a campanha Pedala Santos há oito meses, o número de ciclistas nas ciclovias triplicou no período das 9 às 16 horas”.
Jessé ressaltou que desde a instalação de um paraciclo no Centro de São Vicente, o número de ocorrências de furtos de biciletas “zerou”. “O Sistema Cicloviário integrado é essencial para o uso e segurança do ciclista”, finalizou.
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