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Cotidiano

PL quer tirar fios dos postes de Santos

Projeto pretende obrigar empresas a usar cabos debaixo da terra.

LG Rodrigues

Publicado em 27/10/2019 às 08:13

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Vereadores querem acabar com fios em postes para tornar a paisagem menos poluída em ruas e avenidas de Santos. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

Um projeto de lei complementar que tramita na Câmara de Santos quer acabar com os fios de energia elétrica e de empresas de telecomunicação que ficam expostos entre os postes para tentar atualizar a infraestrutura do município e melhorar o paisagismo.

Apresentado originalmente durante sessão ordinária em fevereiro de 2018, o projeto de lei é de autoria do vereador Braz Antunes Mattos Neto. Em seu PL, o edil afirma na justificativa que está empenhado desde 2005 para que as empresas que utilizam cabeamento em postes passem a enterrar os equipamentos para deixar a paisagem de Santos menos poluída.

"Santos tem o título de estância balneária pela presença de praia como atrativo turístico natural, mas a cidade apresenta infraestrutura datada do século passado, que exige urgente modernização", afirmou o vereador em seu projeto de lei.

Nas tratativas, Braz defende que as empresas deverão investir na redução da ocupação do espaço aéreo de modo a propiciar aumento de área verde ao mesmo tempo em que deverão garantir que sejam evitados eventuais acidente e minimizam interferências no meio urbano.

O projeto de lei também pretende instituir a obrigação das empresas prestadoras de serviços públicos, concessionárias, permissionárias ou equiparadas, que operem com distribuição de energia elétrica e telecomunicações nas vias públicas da zona urbana de Santos a atualizar permanentemente o cadastro de suas redes de distribuição e instalação junto ao Departamento de Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicações do município.

O vereador ainda descreve que tem como objetivo obrigar as empresas a providenciar a redução do número de fios ao ar livre e eliminar todo o cabeamento solto, desnivelado, fora de uso ou excedente. No caso de vias arborizadas, os equipamentos também deverão ser mantidos estendidos e devidamente isolados da vegetação.

Na questão do cabeamento subterrâneo, Braz pretende impor prazos às empresas. Inicialmente, elas ficariam responsáveis por providenciar o embutimento mínimo de 10% de suas redes aéreas no prazo de cinco anos, 20% no período de 10 anos e 30% em até 15 anos. O projeto de lei ainda complementa as informações afirmando que deverão ser priorizados os locais de interesse histórico, comercial e turístico.

Até o momento, todos os pareceres recebidos pelo projeto de lei complementar foram favoráveis. Apesar disso, Braz apresentou um substitutivo durante a sessão ordinária do dia 17 de outubro com o objetivo de deixar todo o processo mais claro para que o PL possa continuar sendo prosseguido por todas as comissões que ainda deverão analisar o pedido do edil. Durante o debate, o vereador Ademir Pestana aproveitou o momento para se manifestar de maneira positiva.

"Eu estava com um empresário de São Paulo que vai abrir uma empresa sua na região do Gonzaga e passando pela Floriano Peixoto analisamos que de fato fica muito feio os fios expostos da maneira como estão e se este projeto de lei puder de fato prosperar, a cidade ficaria muito bonita", afirmou.

O descumprimento das disposições previstas na lei complementar poderá render multas de R$ 5 mil a R$ 10 mil às empresas. Com o parecer positivo sobre o substitutivo, o projeto de lei atualmente se encontra com a diretoria legislativa após ter recebido pareceres favoráveis da Comissão de Finanças e Orçamento (CFO), Comissão de Obras e Serviços Públicos (COSP) e Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS).

Antes de ser enviado ao prefeito Paulo Alexandre Barbosa, entretanto, o projeto de lei ainda deverá ser submetido a duas discussões no plenário da Câmara. Ainda não há prazo, entretanto, para quando a primeira discussão deverá ocorrer entre os edis.

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