Um exemplo é o restaurante Casa do Saulo, do chef paraense Saulo Jennings, que leva a culinária amazônica para o Rio de Janeiro e São Paulo / Isabella Fernandes/Diário do Litoral
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Com a COP 30, conferência mundial do clima realizada em Belém (PA), a Amazônia volta ao centro das discussões globais sobre meio ambiente e sustentabilidade. Além da importância ambiental, o bioma também é destaque na gastronomia. Um exemplo é o restaurante Casa do Saulo, do chef paraense Saulo Jennings, que leva a culinária amazônica para grandes cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo.
Natural de Santarém (PA), Saulo Jennings começou o negócio de forma despretensiosa: cozinhando na varanda de casa para amigos e alunos de kitesurf. O sucesso foi rápido. A Casa do Saulo cresceu e hoje tem unidades em Santarém, Belém, Rio de Janeiro e São Paulo.
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O conceito do restaurante é apresentar a cozinha tapajônica, o chef define como uma culinária que valoriza ingredientes locais, pescados de manejo sustentável e o uso de produtos típicos como tucupi, jambu, castanha-do-pará e pirarucu, considerado o “bacalhau da Amazônia”.
Em 2024, estive na unidade localizada dentro do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. No cardápio, o pirarucu é o principal ingrediente, presente em diferentes preparos.
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Provei o carbonara com bacon de pirarucu, versão que substitui o bacon tradicional pelo peixe amazônico, e o pato ao tucupi, prato típico do Pará feito com tucupi e jambu.
Na capital paulista, o restaurante fica na rua Gomes de Carvalho, 1666, na Vila Olímpia, e o cardápio reúne pratos que fazem sucesso nas outras casas.
O destaque é o “Casa do Saulo” (R$ 129,90), um filé de pirarucu grelhado com molho de castanha-do-pará, banana-da-terra e camarão-rosa, finalizado com castanha torrada e cebolinha.
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Outra opção bastante pedida é a costela de tambaqui à dorê (R$ 129,90), acompanhada de risoto de feijão de Santarém, bacon de pirarucu e salteado de pimentões com cebola na manteiga de ervas e limão siciliano.
O arroz tapajônico (R$ 129,90) também aparece entre os favoritos. O prato leva pirarucu defumado e fresco, aviú e camarão-rosa, servidos com arroz feito no tucupi e jambu, ingredientes tradicionais da culinária paraense.
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Entre as entradas, há tacacá, bolinho de piracuí (farinha feita a partir do peixe salgado e seco) e linguiça de pirarucu com jambu.
O bar da casa segue a mesma linha regional, com drinques autorais feitos a partir de frutas e ingredientes amazônicos. O Gin Tapajônico (R$ 47,90) leva polpa de cupuaçu; o Cupuaçu Mule (R$ 45,90) combina gengibre com mel e espuma de cupuaçu; e o Tacacá Drink (R$ 49,90) é preparado com cachaça com jambu, tucupi e xarope de chicória.