Pinguins reabilitados em Ubatuba ganham nova chance na natureza / Divulgação/ Instituto Argonauta
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O Instituto Argonautas, na cidade de Ubatuba, realizou por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) a soltura de 17 pinguins-de-Magalhães.
Os animais foram devolvidos ao ambiente natural após passarem por um processo de reabilitação coordenado pela equipe técnica do Instituto. A retomada só foi possível com a comprovação das condições dos pinguins para a jornada migratória.
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A soltura aconteceu na quarta-feira (5), em alto-mar, a cerca de 120 quilômetros da costa, em uma área próxima à Corrente do Brasil, que segue em direção ao sul e favorece o retorno dos animais ao ciclo migratório natural. Confira no vídeo o momento que os pinguins são soltos.
A região da soltura foi escolhida com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que fornece dados de satélite atualizados sobre a posição da Corrente do Brasil.
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“A soltura dos animais foi realizada em alto-mar, na corrente do Brasil (que flui para o Sul, até a costa do Uruguai) de modo que ajude os pinguins em sua jornada de volta para seu hábitat, nas costas da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas”, explica o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, Presidente do Instituto Argonauta.
Confira na Galeria as fotos durante a ação:
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De acordo com o Instituto, uma grande parte desses pinguins chegou ao Litoral Norte paulista durante o inverno, trazida por correntes frias vindas do sul do continente. A maioria encalha nas praias enfraquecidos, com sinais de hipotermia e desidratação.
Assim que foram encontrados, os pinguins receberam cuidados veterinários intensivos, alimentação adequada e acompanhamento diário até recuperarem peso, impermeabilização das penas e comportamento ativo, condições essenciais para sobreviver em mar aberto.
O Instituto Argonauta é responsável por realizar o monitoramento de animais marinhos ao longo do trecho que vai de São Sebastião a Ubatuba.
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Caso sejam avistados animais feridos, debilitados ou encalhados, a recomendação é entrar em contato com as equipes de monitoramento da região, que estão preparadas para realizar o resgate de forma segura e adequada.
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Segundo o presidente do Instituto e oceanógrafo Hugo Gallo Neto, cada animal reabilitado e devolvido ao mar representa o resultado de uma rede integrada de monitoramento, pesquisa e dedicação de muitas pessoas.
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Ele destaca que essa união entre ciência, tecnologia e conservação amplia significativamente as chances de sobrevivência e o sucesso da reintegração dos animais ao mar.