Cotidiano

Picadas de escorpião crescem no Brasil e acendem alerta no Litoral de SP

Casos se multiplicam no país e já atingem o litoral paulista; médica e prefeituras orientam sobre riscos e como se proteger

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 01/06/2025 às 08:00

Atualizado em 01/06/2025 às 11:00

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Casos se multiplicam no país e já atingem o litoral paulista / Pexels/Sharath G.

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O número de acidentes com escorpiões vem crescendo de forma alarmante no Brasil. Entre 2014 e 2023, foram registrados 1.171.846 casos de picadas, segundo dados oficiais. O avanço preocupa especialmente as regiões Sudeste (49,5%) e Nordeste (37,5%), que concentram a maioria das notificações.

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No litoral de São Paulo, também já se sente os efeitos desse crescimento. Em 2025, Praia Grande notificou dois casos, Santos confirmou um, Itanhaém outro, e São Vicente registrou um acidente em 2024, sem confirmação de novos episódios neste ano. Municípios como Cubatão, Guarujá, Mongaguá, Peruíbe e Bertioga não contabilizaram casos até o momento, mas monitoram a situação.

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Riscos aumentam com a urbanização desordenada

A médica infectologista Carolina Brites alerta que a urbanização sem planejamento favorece o aumento dos escorpiões nas áreas habitadas. “A parte urbana está entrando em contato com esses bichos que antes eram menos frequentes no nosso ambiente”, afirma.

Segundo a especialista, os sintomas da picada incluem dor intensa, inchaço, vermelhidão e ardência local. Diante de qualquer sintoma, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente. “Não dá para esperar. O envenenamento pode ser grave”, diz Carolina.

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Quem corre mais risco?

Crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade formam o grupo mais vulnerável às complicações. Em casos moderados a graves, pode ser necessário o uso do soro antiescorpiônico, disponibilizado pelo SUS. "O soro é eficaz, mas precisa ser administrado rapidamente. Por isso, a prevenção é o melhor caminho", ressalta a médica.

Como se prevenir das picadas de escorpião?

Prefeituras da Baixada Santista reforçam campanhas de conscientização e orientam sobre medidas de prevenção em casa e nos quintais. É necessário vedar frestas, ralos e caixas de luz; evitar entulho, lixo e mato alto; manter quintais limpos e organizados; usar roupas protetoras em áreas de risco, como botas e camisas de manga longa; e evitar inseticidas sem orientação, pois podem espalhar os escorpiões.

Em casos de picada de escorpião, é preciso lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna, evitar torniquetes ou produtos caseiros e procurar atendimento médico imediatamente. Se possível, levar o escorpião (vivo ou morto) ou uma foto.

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Ações nas cidades da Baixada

A região já adota protocolos de vigilância e manejo ambiental. Praia Grande faz visitas aos locais após notificações e promove palestras educativas. São Vicente destaca os "4 As" para o controle: Água, Abrigo, Alimento e Acesso. Mongaguá e outras cidades mantêm equipes prontas para buscas ativas após denúncias.

Embora alguns municípios ainda não tenham registros recentes, o monitoramento contínuo e a educação da população são essenciais para conter a proliferação e proteger os moradores.

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